Mulheres com mais de 50 anos avançam e conquistam posições no mercado de trabalho, segundo a OCDE

Dados indicam aumento expressivo da presença feminina no mercado de trabalho após os 50 anos, com alertas sobre barreiras estruturais.

26/07/2025 12:04

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Mulheres com mais de 50 anos avançam e conquistam posições no mercado de trabalho, segundo a OCDE
(Imagem de reprodução da internet).

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em julho, apontou um aumento notável na taxa de emprego de mulheres entre 50 e 59 anos. Entre 2010 e 2023, a participação de mulheres de 50 a 54 anos subiu 10,4%. Já para aquelas entre 55 e 59 anos, o crescimento foi de 18,5%.

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Esses dados estão incluídos na publicação Panorama Global da OCDE sobre Emprego 2025, particularmente na seção “Envelhecimento e mercado de trabalho: como garantir que o trabalho beneficie os trabalhadores mais experientes”. O estudo relaciona o progresso na educação, a atualização profissional e a flexibilidade das habilidades com o desempenho no mercado de trabalho.

Educação

A OCDE aponta que a escolarização tem aumentado a participação feminina acima dos 50 anos no mercado de trabalho. Em 2000, 32% das mulheres entre 55 e 64 anos tinham ensino médio completo ou nível superior não universitário. Em 2023, esse percentual atingiu 43%.

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Além do aprendizado, habilidades como inteligência emocional, capacidade analítica e escuta ativa, que costumam ser associadas à geração X, estão se tornando atraentes para as empresas.

Mulheres apresentam vantagens sobre homens.

A presença feminina também excedeu a masculina em parte da faixa etária analisada. Entre 55 e 59 anos, as mulheres empregadas já superam os homens por uma diferença de nove pontos percentuais.

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A OCDE considera essa informação como consequência de decisões sociais, alterações políticas e mudanças na visão sobre o envelhecimento profissional. O que antes era considerado uma etapa de passagem para a reforma tende a ser compreendido de outra forma.

Experiência e atualização

Para Lilia Lopes, especialista em Comunicação e funcionária da Prefeitura Municipal de Salvador, o diferencial competitivo das mulheres maduras reside na maneira como aplicam sua trajetória profissional. Ela afirma que a combinação entre repertório técnico e equilíbrio emocional possibilita a entrega de resultados consistentes, mesmo em situações de pressão.

Profissionais com maior experiência conseguem manter o foco e a estabilidade diante das constantes mudanças do mercado, segundo ele. Em sua avaliação, a experiência por si só não é suficiente; é necessário associar a atualização tecnológica e a consciência social para gerar um impacto efetivo nas organizações.

Impacto na cultura

Lilia também destaca que a presença de mulheres com mais de 50 anos impacta a cultura interna das empresas, apontando que essa faixa etária promove ambientes mais éticos, empáticos e produtivos.

Essas profissionais, na sua visão, trabalham com criatividade combinada à responsabilidade, o que produz resultados sustentáveis em diversos contextos.

Desigualdade

Apesar dos avanços, o relatório da OCDE aponta para restrições estruturais. Mulheres com mais de 50 anos ainda têm menor acesso a cargos de liderança e recebem salários inferiores. O trabalho parcial, frequente entre esse grupo, é apontado como um dos fatores, embora o estudo reconheça que o problema é mais abrangente.

Ainda persiste um modelo de gestão com base em lógicas masculinas. Apesar do bom desempenho, as posições de liderança permanecem concentradas.

Revisão de políticas

A especialista argumenta que as empresas necessitam repensar seus processos de recrutamento e progressão na carreira. Para se adequar a essa dinâmica, ela propõe que os gestores empresariais considerem o valor da vivência prática, aliada ao raciocínio estratégico, competências de relacionamento e aptidão para a adaptação tecnológica.

Essas características, comuns em muitas mulheres com mais de 50 anos, podem auxiliar empresas a preservarem produtividade, inovação e resiliência.

Força mais madura

De acordo com Lilia, o envelhecimento da população não indica declínio na capacidade produtiva. Na verdade, pode impulsionar o crescimento econômico, desde que seja adequadamente utilizado.

Ela considera que consumidores de diversos mercados já requerem perspectivas mais variadas e individualizadas. Para ela, as empresas que atenderem a essa demanda apresentarão condições mais favoráveis de competir em um cenário de constantes transformações.

Fonte por: Carta Capital

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