Mulher se pronuncia após ser agredida por policial em festa infantil: ‘Constrangida’

Agressão de policial em festa infantil em Salvador provoca indignação e investigação da PM, após moradora relatar constrangimento e medo.

13/10/2025 17:04

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(Imagem de reprodução da internet).

Violência marca comemoração do Dia das Crianças em Salvador

A celebração do Dia das Crianças no bairro de Pirajá, em Salvador, terminou em violência no último domingo (12). A moradora Mércia, mãe de cinco filhos, relatou ao G1 que foi agredida com um tapa no rosto por um policial militar durante a festa. O incidente ocorreu na Rua Baixa da Fonte e foi registrado por testemunhas em vídeos que circulam nas redes sociais.

De acordo com Mércia, a confusão teve início quando ela pediu aos policiais que não disparassem armas de fogo, uma vez que havia muitas crianças presentes. “Eu me senti constrangida. Não por mim, mas pelo meu filho de 15 anos, que viu tudo. Pedi para que não atirassem, e mesmo assim recebi um tapa”, contou. Após a agressão, a mulher arremessou uma lata de cerveja nos policiais.

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Mércia afirmou que pretende solicitar uma medida protetiva contra os policiais, temendo possíveis represálias. “Eles gostam de forjar drogas e armas. Estou com medo, mas quero justiça”, declarou. As imagens mostram o momento em que o policial discute com ela e, em seguida, a agride. O filho dela tenta intervir, mas o agente continua a avançar, enquanto outro policial tenta impedir que uma testemunha que filmava a cena seja atacada.

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Posicionamento da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública

A Polícia Militar informou, em nota, que os agentes da 9ª CIPM estavam em perseguição a suspeitos armados e foram “hostilizados” durante o patrulhamento. O caso será investigado pela Corregedoria da PM. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia determinou uma investigação imediata e repudiou as agressões.

A PM declarou ao G1 que as imagens estão sendo analisadas e que todos os envolvidos serão ouvidos em um processo administrativo. A SSP-BA enfatizou que repudia qualquer forma de violência e que o comportamento registrado não representa o modelo de policiamento adotado pelo Estado.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.