Mulher de Chapecó é diagnosticada erroneamente com câncer de mama
Uma residente de Chapecó, Santa Catarina, passou por uma experiência traumática ao ser diagnosticada incorretamente com câncer de mama, levando-a a iniciar um tratamento oncológico agressivo sem necessidade. Essa falha médica resultou em três meses de intenso sofrimento físico e psicológico, afetando sua vida pessoal e familiar.
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O caso teve início em setembro de 2022, quando a paciente realizou uma biópsia para investigar um nódulo mamário. O resultado indicou erroneamente a presença de um câncer maligno. Sem conhecimento da troca de amostras, os médicos iniciaram rapidamente a quimioterapia, acreditando que se tratava de um tumor agressivo que exigia intervenção imediata.
Consequências do tratamento inadequado
Durante o tratamento, a mulher enfrentou efeitos colaterais típicos da quimioterapia, como vômitos, fadiga extrema e queda de cabelo, o que impactou negativamente sua autoestima e rotina diária. Ela também foi submetida à implantação de um cateter venoso central, que deixou uma cicatriz visível.
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Somente em novembro de 2022, após nova análise patológica, foi confirmada a inexistência de câncer maligno. O diagnóstico correto revelou um tumor phyllodes benigno, que não necessitava de quimioterapia e poderia ter sido tratado de forma menos invasiva.
Decisão judicial e indenização
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) determinou que a confusão foi causada por uma troca de amostras durante a análise laboratorial. Esse erro grave resultou em um tratamento desnecessário, com potencial para causar sérias consequências à saúde da paciente.
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A Justiça reconheceu a falha na prestação do serviço de saúde, considerando o abalo psicológico e os efeitos colaterais enfrentados pela mulher. O juiz determinou que a cooperativa médica responsável pelo exame pagasse R$ 75 mil à paciente e R$ 20 mil ao marido, em reconhecimento ao sofrimento compartilhado.
A indenização deve ser corrigida com juros desde a data do primeiro laudo incorreto, em setembro de 2022. Apesar de a cooperativa médica ter recorrido da decisão, o recurso foi negado, e a condenação foi mantida. O caso ressalta os riscos de erros em exames laboratoriais e a importância de protocolos rigorosos na manipulação de amostras, especialmente em diagnósticos de doenças graves.