Senado e STF: Mudanças na Dinâmica de Poder
O Senado não exerce mais influência sobre o STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, apenas o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem a prerrogativa de solicitar o impeachment de um ministro da Corte. Anteriormente, para que o processo seguisse adiante, era necessária apenas a maioria simples no Senado; agora, é preciso o apoio de dois terços dos senadores.
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Essas alterações foram determinadas por uma decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes. Na prática, o Supremo busca se proteger diante da expectativa de uma possível vitória da centro-direita nas eleições do próximo ano, o que poderia resultar em uma composição ainda mais forte de forças opositoras na Câmara e no Senado.
Conflito entre os Poderes
Uma parte significativa desses grupos tem como meta explícita a destituição de ministros do STF, sendo este o principal alvo. Contudo, a proteção que o Supremo pretende instaurar para si mesmo é vista como uma agressão ao Legislativo, configurando uma ação que pode desequilibrar ainda mais a relação entre os Poderes.
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O contexto dessa disputa política é alarmante. O STF percebe as ações do Legislativo como tentativas de apropriação de recursos públicos e de obstrução de investigações de corrupção, tudo isso disfarçado de política. Em contrapartida, uma parte considerável do Parlamento, que é maior que o próprio STF, vê a Corte como uma instância que interfere nos demais Poderes, protege o Executivo e persegue críticos por meio de medidas excepcionais.
Crise Institucional
A combinação de politização constante e conflitos institucionais resultou em uma crise permanente, sem perspectivas de normalização. A sensação predominante é a de que não existem mais acordos duradouros possíveis, em um cenário caracterizado por uma luta clara pelo poder.
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O desfecho dessa situação pode ocorrer apenas com uma grande crise, cujas consequências são imprevisíveis.
