MTST apresenta estudo técnico para a construção de 238 apartamentos na área portuária do Rio de Janeiro

Elaboração de estudo de viabilidade realizada por engenheiros com o apoio de diversas entidades.

17/07/2025 14:16

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MTST apresenta estudo técnico para a construção de 238 apartamentos na área portuária do Rio de Janeiro
(Imagem de reprodução da internet).

Uma análise realizada pela área de engenharia do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) comprova a viabilidade técnica e econômica da construção do empreendimento habitacional Povo Maravilha, na zona portuária do Rio de Janeiro. O edifício, conforme o relatório, poderá acomodar até 238 apartamentos de 42 m² distribuídos em 18 andares – 14 unidades por andar.

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Há mais de um mês, famílias em situação de vulnerabilidade ocupam o terreno abandonado que pertence à autarquia federal Docas S.A (PortosRio) para reivindicar política pública de moradia. Apresentado na última quarta-feira (16), o estudo técnico foi bem recebido pelo presidente do órgão e pela Secretaria Municipal de Habitação do Rio (SMH).

Ao Brasil de Fato, o engenheiro Pedro Enrique Monforte, do MTST, detalhou que o projeto realizou um levantamento das especificações urbanísticas do Porto, com o objetivo de determinar o número de unidades que poderiam ser construídas em conformidade com as diretrizes do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

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“Demonstramos que, ao desenvolver o máximo possível de apartamentos com o MCMV Entidades, é possível obter unidades de qualidade, com dignidade para as pessoas viverem, focadas na população que recebe de zero a dois salários mínimos”, afirma Monforte, diretor do Sindicato dos Engenheiros (Senge), sobre a proposta de atender pessoas na faixa de renda até R$ 2.850.

Com o estudo de viabilidade, o movimento tem expectativa de prosseguir com a negociação do imóvel abandonado. Isso porque também foi estimada a contrapartida financeira que pode ser oferecida ao órgão. Na modalidade Entidades do MCMV, até 15% do valor do empreendimento pode ser direcionado para a aquisição do terreno, lembra Monforte.

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O estudo foi desenvolvido pelo Núcleo de Arquitetura e Engenharia do MTST-RJ, com o apoio do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea), do Escritório Modelo de Engenharia Força Motriz da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ).

O documento também considera que a localização cumpre os requisitos do programa, como disponibilidade de transporte público, equipamentos de saúde, educação e comércio. “O projeto propõe um modelo de urbanização inclusiva, com soluções sustentáveis e integração plena à infraestrutura urbana existente”, afirma o movimento em nota.

A iniciativa de habitação social surgiu com a ocupação popular Povo Maravilha na Av. Rodrigues Alves, no bairro do Santo Cristo, coração da zona portuária do Rio. Desde então, o MTST tem denunciando que a política de moradia na região é carente em pelo menos 10 mil unidades de Habitação de Interesse Social (HIS).

A MTST possui desde 2014 experiência na edificação de moradias populares através do programa MCMV Entidades. Mais de 1.500 unidades foram entregues e outras 5 mil estão em construção no país.

Fonte por: Brasil de Fato

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.