MST considera nomeação de Boulos como avanço na participação social no governo Lula

Ceres Hadich acredita que a nova gestão da Secretaria-Geral pode impulsionar o diálogo entre o Estado e a sociedade civil.

22/10/2025 21:34

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(Imagem de reprodução da internet).

Nomeação de Guilherme Boulos é Recebida com Otimismo pelo MST

A indicação do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi vista com esperança pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, Ceres Hadich, membro da coordenação nacional do movimento, destacou que a chegada do novo ministro pode fortalecer a participação social e o diálogo entre o governo e os movimentos populares.

“Boulos possui uma trajetória de militância e atuação social que o consolidou como uma liderança importante, referência para diversas causas sociais, além da moradia urbana”, afirmou Hadich. Ela acredita que a mudança na Secretaria-Geral deve “fortalecer os processos de participação social que já estavam sendo organizados pelo ex-ministro Márcio Macedo”.

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Expectativas para o Novo Ministro

De acordo com a dirigente, o novo ministro assume em um momento em que o governo busca ampliar o diálogo com a sociedade e reforçar sua presença nas ruas. “A escolha de Boulos para a Secretaria-Geral reflete uma visão eleitoral, o que pode gerar um apoio popular mais forte para o governo, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando”, avaliou.

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Hadich ressaltou que o MST teve uma relação “franca e leal” com o ex-ministro Márcio Macedo, discutindo temas como reforma agrária. A expectativa é manter um diálogo produtivo com Boulos. “Esperamos em breve nos reunir com o ministro Guilherme Boulos para apresentar propostas sobre reforma agrária e contribuir para a mobilização popular em apoio às pautas do governo”, afirmou.

Mudança de Chave na Relação Estado-Sociedade

Para Ceres Hadich, essa nova fase pode simbolizar uma “mudança de chave” na relação entre o Estado e a sociedade civil, indo além dos espaços institucionais de participação. “Estamos vivenciando um processo de reconstrução da participação social, que precisa avançar para além do institucional. É essencial retomar a participação popular nas ruas, visando um horizonte de médio e longo prazo”, defendeu.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.