MPF pede veto a lei que premia policial após morte no RJ
Procuradoria alerta governador Cláudio Castro sobre gratificação que subverte Constituição e incentiva violência.
Veto Recomendado à Gratificação para Policiais Civis
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), vinculada ao Ministério Público Federal, formalizou a recomendação de veto ao Projeto de Lei nº 6.027/2025, recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O projeto prevê a concessão de gratificações financeiras aos policiais civis responsáveis pela “neutralização de criminosos”. O ofício, direcionado ao governador Cláudio Castro (PL), solicita o veto à medida, em decorrência desse mecanismo.
Fundamentos do Veto
A PFDC argumenta que a gratificação em questão viola a Constituição Federal, desafiando princípios fundamentais como a dignidade da pessoa humana e a prioridade dos direitos humanos. O órgão destaca o compromisso do Estado de proteger a vida humana.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Impacto e Referências Jurídicas
O órgão aponta que a medida, apelidada de “gratificação faroeste”, incentiva a letalidade policial, contrariando explicitamente a orientação do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme determinado na ADPF 635. Essa decisão exige a redução da letalidade no estado do Rio de Janeiro.
Detalhes da Gratificação e Críticas
O mecanismo permite a concessão da gratificação por meio de ato do governador, com um percentual que varia de 10% a 150% da remuneração do agente. Essa recuperação do conceito da antiga “gratificação faroeste”, instituída em 1995 e posteriormente revogada em 1998, gerou críticas de diversos setores.
Leia também:
Denúncia revela atuação brutal da “Equipe Sombra” e torturas no Rio de Janeiro
Comando Vermelho revela esquema de segurança para proteger Doca em operação da Polícia Civil do RJ
Ronaldo Caiado comenta megaoperação no Rio e critica comparações com Faria Lima
O deputado Carlos Minc (PSB), que foi responsável por derrubar o decreto original, manifestou sua preocupação, ressaltando que as penas criminais são determinadas pela Justiça, e não por gratificações financeiras.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












