O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se nesta sexta-feira, 25, contrariamente ao pedido do general da reserva Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), para que seja colocado em liberdade. Resta agora para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tomar a decisão.
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Na denúncia protocolada na ação contra Fernandes no STF, Gonet rejeita a tese de que o general não ofereceria mais perigo de interferência indevida na ação e reforça a gravidade das acusações. “Além do perigo à instrução, a tutela preventiva foi motivada pela gravidade concreta dos delitos, pela lesividade das condutas e pelo perigo de reiteração delitiva”, diz a manifestação.
Gonet mencionou também o relato de Fernandes na quinta-feira, 24, perante o STF, no qual o ex-secretário-executivo admitiu ter sido o responsável pelo “Punhal Verde e Amarelo”, o plano que visava o assassinato de autoridades, entre elas o ex-presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes do STF.
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A alegação de que o plano não foi compartilhado com outros réus na ação da trama golpista, segundo Gonet, não afasta seu efetivo envolvimento no projeto. “As afirmações confirmam a hipótese acusatória e, se interpretadas à luz de todo o contexto probatório, tornam inverossímil presumir que o requerente, após confeccionar o material, não o divulgou a seus pares, denunciados por delitos da mesma natureza”, diz.
A evidente detenção de Fernandes em 2024, segundo o PGR, refletiu sua influência no planejamento, na coordenação e na execução de atos antidemocráticos. “Em síntese, pela interlocução com lideranças populares e pela incitação de autoridades de alta patente no âmbito das Forças Armadas”, conclui.
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Fonte por: Carta Capital