MPF apresentou “prova robusta” de tentativas de ataque às instituições, afirma Cármen Lúcia

A ministra do STF declarou que existem evidências nos processos relacionados à empreitada criminosa dos réus.

11/09/2025 15:41

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MPF apresentou “prova robusta” de tentativas de ataque às instituições, afirma Cármen Lúcia
(Imagem de reprodução da internet).

A Ministra Cármen Lúcia, do STF, declarou que a Procuradora-Geral da República apresentou “provas cabais” dos ataques às instituições, durante seu voto que pode formar maioria na Corte para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro à prisão.

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A Procuradora-Geral da República afirmou que apresentou provas definitivas de que o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, elaborou e executou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, conforme declarado pela ministra.

Cármen Lúcia declarou que “não existem evidências nos documentos do caso que demonstrem o uso de milícias digitais para a disseminação de ataques ao Poder Judiciário, em particular à Justiça Eleitoral e à urna eletrônica”.

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Votações

O relator do caso, Alexandre Moraes, votou pela condenação de Bolsonaro e dos demais sete réus. O ministro Flávio Dino acompanhou Moraes e votou pela condenação de todos os acusados pelos crimes imputados pela PGR.

O depoimento de Moraes estendeu-se por aproximadamente cinco horas e contou com quase 70 slides na apresentação do relatório. O ministro estruturou sua fala em 13 tópicos que descreveram, de forma cronológica, a atuação da organização criminosa durante o golpe.

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O ministro Luiz Fux votou em terceiro lugar e decidiu pela condenação por abolição violenta do Estado Democrático de Direito de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente e réu colaborador, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo de Bolsonaro.

Fux, após mais de 13 horas, votou pela absolvição total dos demais réus.

  • Jair Bolsonaro, antigo chefe do executivo federal.
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e antigo diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
  • Almir Garnier, almirante de esquadra que liderou a Marinha durante o governo de Bolsonaro.
  • Anderson Torres, antigo ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro.
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro.
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa sob o governo Bolsonaro;

A Ministra Cármen Lúcia vota na tarde de quinta-feira (11) e pode garantir maioria na Corte pela condenação de Bolsonaro. O resultado atual favorece 2 a 1 para a condenação do ex-presidente. Após ela, Cristiano Zanin (presidente da Primeira Turma) é o último a votar.

Quais são os crimes imputados aos acusados?

Bolsonaro e outros réus respondem na Suprema Corte a acusações em relação a cinco crimes.

  • Grupo criminoso armado.
  • Avanço de esforços para a supressão da ordem democrática.
  • Golpe de Estado
  • Dano decorrente de violência e grave ameaça prestidigitadora (com exceção de Ramagem).
  • Degradação de bens tombados (inclusive Ramagem).

A isenção se aplica a Ramagem. Inicialmente, em maio, a Câmara dos Deputados autorizou a suspensão do processo criminal contra o parlamentar. Desta forma, ele responde apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

A sessão julgamento está marcada para o dia 15 de março de 2024, às 10h.

Faltam duas datas para as sessões do julgamento.

  • 11 de setembro, das 14h às 19h.
  • 12 de setembro, sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 19h.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.