MP solicita prisão de Lucas Bove por violação de medidas protetivas; Paula Nunes critica Alesp

Paula Nunes classifica arquivamento do caso como “um escárnio” e exige que o Conselho de Ética reanalise a situação.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ministério Público de São Paulo denuncia deputado por violência

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou, nesta quinta-feira (23), uma denúncia contra o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) por perseguição, violência psicológica, física e ameaça à influenciadora e ex-esposa, Cíntia Chagas. O MP-SP solicitou à Justiça a prisão preventiva do deputado por descumprir medidas protetivas. Essa ação contrasta com o arquivamento do caso pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa (Alesp) em agosto deste ano.

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Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, a codeputada Paula Nunes, da Bancada Feminista do Psol-SP, criticou o arquivamento da denúncia pela Alesp, considerando-o “um escárnio”. Ela afirmou que a Casa tem sido “conivente” com casos de agressão, ressaltando que o arquivamento se baseou nas alegações de Bove de que as acusações eram meras fofocas, sem materialidade.

Comportamento do deputado se agrava

Paula Nunes observou que o comportamento de Lucas Bove se intensificou após a decisão do Conselho de Ética, que rejeitou a abertura do processo de cassação por seis votos a um. O único voto favorável à cassação foi da deputada suplente Ediane Maria (PT-SP). “Ele se sentiu à vontade após o arquivamento do caso de violência doméstica e continuou a perseguir, gritar, ameaçar e xingar”, relatou.

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A codeputada, que também foi alvo de um pedido de cassação feito por Bove, destacou que a solicitação de prisão feita pelo Ministério Público evidencia a gravidade da situação e a omissão da Assembleia. “Agora ele não pode mais alegar que tudo era fofoca. Temos indiciamento, denúncia e pedido de prisão preventiva por descumprimento de medidas protetivas”, afirmou Nunes.

Histórico de proteção a agressores

Paula Nunes criticou o histórico da Alesp em lidar com casos de violência de gênero, citando o ex-deputado Fernando Cury (União), que assediou a deputada Isa Penna (PCdoB) e recebeu apenas uma suspensão, e o ex-deputado Wellington Moura (Republicanos), que teve seu caso arquivado pelo Conselho de Ética após declarações ofensivas à deputada Mônica Seixas (Psol).

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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.

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