Operação Desmantela Esquema de Lavagem de Dinheiro do PCC
A Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio da Polícia Militar, iniciaram uma operação nesta quinta-feira (25) para desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro conduzido pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação visa identificar e apreender recursos obtidos ilegalmente através de atividades como jogos de azar e a operação de postos de combustíveis.
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Alvos da Operação
A operação concentra-se em indivíduos e empresas-chave, incluindo o empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como “Flavinho”, que é suspeito de utilizar uma rede de postos de combustíveis para lavar dinheiro proveniente de atividades criminosas. A BK Bank também está sob investigação, devido ao seu envolvimento na movimentação de recursos ilícitos.
Investigação e Movimentação de Recursos
A investigação revelou a ligação de pelo menos 267 postos de combustíveis com o esquema. Entre 2020 e 2024, esses postos movimentaram cerca de R$ 4,5 bilhões, mas apenas R$ 4,5 milhões em impostos federais foram recolhidos, um valor significativamente inferior à média do setor.
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Envolvimento do PCC e Operações Anteriores
A operação atual é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que expôs as conexões do grupo com empresas do sistema financeiro na Faria Lima. Em agosto de 2023, uma megaoperação mobilizou cerca de 1.400 agentes e cumpriu mais de 350 mandados, revelando um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis, comandado por integrantes do PCC.
Escopo da Investigação
A investigação da Receita Federal também identificou que o PCC controlava ao menos 40 fundos de investimento com um patrimônio de R$ 30 bilhões, utilizados para ocultar bens. A operação, coordenada pelo MPSP, abrangeu estados como São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, com o objetivo de combater a sonegação de impostos.
