Presidente da Câmara atende determinação de Moraes para pagamento de multa de R$ 260 mil; deputada Carla Zambelli se encontra na Itália.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que impediu o pagamento de vencimentos e verbas a Carla Zambelli (PL-SP) e sua equipe.
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A suspensão de recursos foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, para assegurar o pagamento da multa de R$ 260 mil aplicada à congressista. Na mesma decisão, o magistrado determinou a prisão preventiva de Zambelli, que deixou o Brasil após ser condenada pela Corte a 10 anos de prisão.
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Motta afirmou ter seguido as determinações de Moraes. Consulte a íntegra do ofício (PDF – 203 kB), datado de 10 de junho.
A prisão preventiva de Zambelli se tornou prisão definitiva após a 1ª Turma do STF negar um recurso apresentado na sexta-feira (6.jun).
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A deputada recebeu sentença de 10 anos de prisão por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Zambelli e o hacker Walter Delgatti tentaram invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para simular a emissão de um mandado de prisão falso de Moraes para o próprio ministro.
Na última semana, Zambelli ingressou na lista de difundido vermelho da Interpol a pedido de Moraes. Com isso, tornou-se procurada nos 196 países que compõem a organização. O ministro já encaminhou o pedido de extradição da deputada ao Ministério da Justiça. Ela afirmou que se entregará às autoridades na Itália, país onde está.
A sentença também inclui a perda do cargo. A decisão precisa ser validada pela Câmara. Apesar de ter declarado que a cassação seria confirmada de modo automático, sem votação, Motta recuou e decidiu encaminhar o pedido à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, a 10 anos de prisão, além da perda de mandato, por falsidade ideológica. Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, tentaram invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para expedir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele próprio tivesse determinado a sua própria prisão.
Investigações apontaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker recebeu sentença de oito anos e três meses de reclusão.
Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Posteriormente, seu advogado, Daniel Bialski, anunciou sua saída da defesa. Primeiramente, ela seguiu para os Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.
A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. ela é considerada foragida internacional e pode ser presa em outros países.
Na data seguinte (6.jun), a deputada declarou à CNN que pretende colaborar voluntariamente com as autoridades italianas. Na mesma data, a 1ª Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da congressista contra a condenação a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas eletrônicos do CNJ.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.