Motta rebate críticas de Lula e afirma que Congresso aprovou “quase tudo”

Resposta de Hugo Motta às Críticas de Lula

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se manifestou sobre as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento do Dia dos Professores no Rio de Janeiro, onde ambos estavam presentes. Na cerimônia, Lula afirmou que o Congresso Nacional “nunca teve a qualidade de baixo nível” como atualmente.

Em entrevista ao programa da jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, Motta interpretou as declarações de Lula como uma crítica direcionada à “extrema direita” do Congresso. Ele destacou que o atual Congresso aprovou “quase tudo” que o governo enviou para análise dos parlamentares.

Polarização e Críticas

O presidente da Câmara também fez uma ressalva: “Se o presidente se referiu ao Congresso, o que acredito que não foi o caso, discordo plenamente, pois foi este Congresso que aprovou quase tudo que o governo enviou, embora com modificações, sempre apoiando a agenda econômica do governo”.

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Tranquilidade e Equilíbrio

Motta finalizou sua resposta à fala de Lula ressaltando a importância de “tranquilidade e equilíbrio” para evitar entrar em “narrativas extremas”, que podem prejudicar a condução da Casa. Mais cedo, ele esteve com Lula em um evento que marcou o início da emissão da CNDB (Carteira Nacional Docente do Brasil), onde o presidente fez críticas ao Congresso.

Vaias e Reações do Público

Antes do discurso de Lula, Motta foi vaiado ao ser anunciado, com o público gritando “sem anistia”, em referência a um projeto de lei que tramita na Câmara sobre a redução de penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O presidente se aproximou de Motta e permaneceu ao seu lado até o final do discurso.

Na entrevista, Motta comentou sobre a reação do público, afirmando que o Brasil vive um contexto “singular”, com uma “polarização política” que remete à eleição de 2022, intensificada pela antecipação da eleição de 2026. Ele também mencionou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal) contribui para as tensões políticas.