Motta propõe aúncia de Zambelli para a CCJ

Presidente da Câmara formaliza, no Diário Oficial da Câmara, a resposta à determinação do STF.

12/06/2025 19:53

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Motta propõe aúncia de Zambelli para a CCJ
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), protocolou à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o requerimento de cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Consulte a íntegra do documento publicado nesta 5ª feira (12.jun.2025) no Diário Oficial da Câmara (PDF – 5 MB).

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A decisão se adequa à definição do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou a parlamentar a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Agora, a comissão deve marcar uma sessão para votar a cassação.

Zambelli possui até 5 sessões do plenário para apresentar sua defesa, após o que a CCJ decidirá sobre o arquivamento ou a aceitação do pedido.

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Motta anunciou na terça-feira (10.jun) que a decisão sobre a perda de mandato de Zambelli será submetida à votação no plenário. Para que a deputada do PL perca o mandato, serão necessários 257 votos favoráveis.

Ele abandonou o posicionamento que havia assumido na segunda-feira (9.jun), quando afirmou que “não cabia” aos parlamentares votar a cassação da deputada.

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A Câmara concedeu na quinta-feira (5 de jun) licença de 127 dias a Zambelli. Ela solicitou afastamento por “tratamento de saúde” por 7 dias e mais 120 por “interesse particular”.

CARLA ZAMBELLI

Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, a 10 anos de prisão, acrescida da perda do mandato, em razão de falsidade ideológica.

Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, buscaram invadir o sistema do CNJ para expedir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele próprio tivesse ordenado a detenção.

Investigações revelaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker foi julgado e recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses de reclusão.

Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Primeiramente, ela se dirigiu aos Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.

A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. ela é considerada foragida internacional e pode ser presa em outros países.

Em 6 de junho, a deputada declarou à CNN Brasil que pretende se entregar voluntariamente às autoridades italianas. No mesmo dia, a 1ª Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da congressista contra a condenação.

Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Isabella Luciano, sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.