Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniram pela manhã desta quarta-feira, 16, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para definir a estratégia de reação ao aumento de tarifas determinado pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros.

Na reunião, também participaram a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Rogério Carvalho (PT-SE), Weverton Rocha (PDT-MA), Fernando Farias (MDB-AL) e Nelsinho Trad (MDB-MS).

O grupo definiu que a resposta do Brasil deve ser liderada pelo Executivo, com o apoio integral do Legislativo.

O Parlamento brasileiro está unido em defesa dos interesses nacionais e da soberania do país. Estamos dispostos a garantir que o Brasil não seja submetido a decisões externas que interfiram em nosso desenvolvimento, afirmou Alcolumbre. E vejo, neste momento, [um cenário] de agressão ao Brasil e aos brasileiros, isso não é correto. E temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade essa relação.

Hugo Motta reforçou essa visão, afirmando que o Congresso está pronto para agir com rapidez em apoio às medidas do governo. “Hoje, a população brasileira entende que não podemos permitir que interesses externos, motivados por questões políticas internas, interfiram na nossa soberania. Com união e responsabilidade, vamos superar esse desafio”, declarou.

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Alckmin, por sua vez, criticou a justificativa apresentada pelo governo americano, destacando que os EUA possuem superávit na balança comercial com o Brasil e que grande parte das exportações norte-americanas para o país é isenta de tarifas. O vice-presidente reafirmou que o governo buscará soluções diplomáticas e comerciais para reverter a decisão.

A coordenação entre as lideranças do Congresso e do Executivo intensifica o isolamento político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem promovido a adoção do modelo econômico americano em benefício próprio, articulando ações de anistia para si e seus apoiadores. Contudo, o Congresso Nacional rejeitou definitivamente essa proposta, descartando os pedidos de Bolsonaro e consolidando o apoio total ao governo Lula (PT).

Fonte por: Carta Capital