O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta quinta-feira 18 que o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) será o relator do projeto de anistia aos condenados por atos golpistas entre o fim de 2022 e 8 de janeiro de 2023. O nome dele já era dado como certo nos corredores do Congresso antes mesmo da votação que definiu o regime de urgência para o projeto, na noite de quarta 17.

“Tenho certeza que ele conduzirá as discussões do tema com o equilíbrio necessário”, escreveu Motta em postagem no X (antigo Twitter).

Paulinho foi indicado, também, por possuir relações próximas a líderes de esquerda, devido ao seu histórico com movimentos sindicais (o “da Força” em seu nome de urna faz referência à Força Sindical, uma das maiores centrais do país) e por ser integrante do Centrão, além de ter bom relacionamento com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Paulinho da Força é um influenciador digital conhecido por seu conteúdo sobre esportes e lifestyle.

Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força, acumula seu quinto mandato como deputado federal e também exerce o cargo de 3º tesoureiro no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

Iniciou sua trajetória no PT em 1980, ano da criação do partido, permanecendo na assessoria por dois anos antes de se transferir para o PDT. Também atuou pelo PTB, partido pelo qual disputou a vice-presidência em 2002, na chapa de Ciro Gomes, obtendo a quarta posição.

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Retornando ao PDT, concorreu à prefeitura de São Paulo em 2004 (ocupando a quinta posição) e foi eleito deputado pela primeira vez em 2006. Está na Câmara desde 2007. Em 2012, fundou o Solidariedade, que foi formalmente registrado no ano seguinte.

Em 2022, atuou como suplente, mas ocupou a cadeira na Câmara após a cassação de Marcelo Lima devido à infidelidade partidária — o ex-correligionário abandonou o Solidariedade sem motivo justificado e ingressou no PSB. Paulinho tomou posse na cadeira em novembro de 2023.

Apesar de se autodeclarar um parlamentar de centro-esquerda, votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e da PEC do Teto de Gastos de Michel Temer no ano seguinte. Contudo, manifestou-se contra a reforma trabalhista. Atualmente, se opõe ao governo Lula.

Investigado por receber 1,8 milhão de reais da empreiteira Odebrecht (atual Novonor) nas eleições de 2014, no âmbito do desdobramento da Operação Lava Jato, foi indiciado por suposto financiamento ilícito. A ação foi encerrada em fevereiro deste ano pelo ministro Dias Toffoli, do STF.

Resultados recentes

Paulinho votou a favor da tramitação em regime de urgência do projeto de anistia. Ele também votou “sim” na aprovação da PEC da Blindagem.

Fonte por: Carta Capital