A Motiva anunciou na terça-feira (29) um lucro líquido de R$ 897,24 milhões no segundo trimestre, um aumento em relação ao resultado de R$ 267,92 milhões registrado um ano antes, impulsionado pela renegociação do contrato da BR-163, no Mato Grosso do Sul.

Segundo a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, anteriormente conhecida como CCR, a otimização contratual da BR-163 representou um ativo fiscal diferido na concessão, o que gerou um impacto positivo de R$ 480 milhões no resultado do período.

A empresa também ressaltou o impacto positivo do encerramento da operação de barcas no Rio de Janeiro, considerando-o um fator atrativo nos resultados da companhia, e o início em 28 de junho da arrecadação em cinco praças de pedágio da concessionária PRVias, cujo contrato foi firmado em 14 de abril.

Excluindo os resultados não-recorrentes em 2024 e 2025, o lucro líquido ajustado da Motiva totalizou R$ 398 milhões, queda de 3,2% em relação ao desempenho do mesmo período do ano anterior. Projeções compiladas pela LSEG indicavam um lucro líquido de R$ 363,8 milhões.

O resultado operacional, medido pelo EBITDA ajustado, atingiu R$ 2,09 bilhões, representando um aumento de 4,2% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A margem nessa métrica elevou-se de 57,6% para 58,8%, com a Motiva destacando a evolução em sua agenda de eficiência operacional e otimização do seu portfólio.

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As projeções da LSEG indicavam uma receita de EBITDA de R$ 2,3 bilhões.

A receita líquida ajustada consolidada aumentou 2,2% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 3,563 bilhões no período compreendido entre o início de abril e o final de junho, devido ao impacto positivo da atividade nas três plataformas de atuação da empresa – rodovias, trilhos e aeroportos, bem como pela evolução das receitas complementares.

A plataforma de rodovias, sem considerar as novas concessões PRVias e a Sorocabana, e a encerrada ViaOeste, registrou um aumento de 3,4% no período, totalizando 237,5 milhões de veículos. Com todos os ativos, houve uma redução de 14,2%. Em aeroportos, o número de passageiros subiu 10%, para 10,44 milhões de clientes.

Em trilhos, assim como em bases comparáveis com a exclusão da operação de barcas, a variação permaneceu estável, com leve aumento de 0,5%, para 188,86 milhões de clientes transportados. Com todos os ativos, houve redução de 1,2%.

A empresa declarou ter finalizado o primeiro semestre de 2025 com a proporção entre despesas operacionais e receita líquida ajustada em 38%, indicando a viabilidade de adiantar, de 2026 para 2025, o alcance do objetivo divulgado no Investor Day de 2024.

Em relação à dívida, a Motiva informou que fechou o mês de junho com uma endividamento ajustada de 3,7 vezes, decorrente das captações efetuadas no primeiro semestre para atender às obrigações contratuais da PRVias e Sorocabana (SP).

A empresa ressaltou que se espera uma diminuição contínua do indicador nos próximos meses, com a inclusão da geração de caixa proveniente destas duas novas parcerias.

Em segundo trimestre, os investimentos da Motiva ascenderam a R$1,78 bilhão, representando um aumento de 9,2% em relação ao mesmo período de 2024 e um crescimento de 31% em comparação com o primeiro trimestre de 2025.

A empresa evidenciou, entre os principais projetos, o progresso nas obras da Serra das Araras (RioSP), os trabalhos para a duplicação da BR-101 (ViaSul), a manutenção da AutoBAn e a prosseguimento das reformas das estações e das otimizações de sistemas nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, em São Paulo.

Fonte por: CNN Brasil