A morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, 31 anos, levanta suspeitas de feminicídio. Alisson de Araújo, 43 anos, é o principal suspeito e foi preso.
A morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, de 31 anos, pode não ter sido resultado de um acidente de trânsito, mas sim de asfixia provocada por agressões de seu companheiro, Alisson de Araújo, de 43 anos. A informação foi divulgada pela Polícia Civil de Minas Gerais em uma coletiva de imprensa realizada na terça-feira (16).
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Alisson foi detido durante o velório de Henay e é suspeito de ter assassinado a mulher antes de colidir o carro em que estavam contra um micro-ônibus na MG-050, em Itaúna, na região oeste de Minas Gerais. A polícia acredita que ele tentou simular um acidente para encobrir o crime.
Imagens do pedágio e o relato de uma funcionária do local reforçaram a suspeita de que a vítima já estava morta ou inconsciente no momento da colisão.
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Inicialmente, a morte foi considerada resultado do acidente, com traumatismo craniano sendo a causa identificada. Contudo, novas informações levaram à realização de uma segunda necropsia, que levantou a hipótese de asfixia. O médico-legista Rodolfo Ribeiro explicou que, com base nos achados, a causa da morte pode ser tanto o trauma cranioencefálico quanto a asfixia por constrição cervical externa.
O laudo ainda está em andamento, e ambas as possibilidades permanecem em análise. No dia do acidente, o carro do casal colidiu com um micro-ônibus na MG-050, na manhã de domingo (14). Testemunhas relataram que o veículo do casal apresentava uma direção irregular antes de invadir a contramão.
Uma funcionária do pedágio acionou a polícia ao perceber a situação estranha, já que Henay estava desacordada no banco da frente. Ela relatou que questionou Alisson sobre o estado da mulher, e ele alegou que ela apenas estava passando mal. A família de Henay também levantou suspeitas sobre a causa da morte, mencionando um relacionamento conturbado com episódios de agressão.
Após a análise das imagens e depoimentos, Alisson foi preso no velório de Henay na segunda-feira (15). Durante seu depoimento, ele confessou ter agredido a companheira, mas negou que ela estivesse morta no momento do acidente, alegando que ela teria tentado matá-lo.
O delegado João Marcos afirmou que, apesar do inquérito ainda não estar finalizado, as evidências reunidas até agora são “muito fortes” e sustentam a acusação de feminicídio.
A polícia aguarda resultados de exames de DNA, análise de imagens do prédio onde o casal residia em Belo Horizonte e registros de câmeras de segurança para concluir a investigação.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.