Morte de delegado Ruy Ferraz Fontes pode estar ligada a fraude em contrato milionário

Morte do delegado Ruy Ferraz Fontes pode estar ligada a fraude em contrato milionário; descubra mais detalhes sobre o caso.

10/10/2025 15:14

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(Imagem de reprodução da internet).

Investigação do Assassinato do Ex-Delegado Ruy Ferraz Fontes

A Polícia Civil de São Paulo está aprofundando as investigações sobre a relação entre o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes e uma licitação de R$ 24,8 milhões da Prefeitura de Praia Grande. Fontes, que foi executado a tiros em 15 de setembro, atuava como Secretário de Administração e, segundo as apurações, teria identificado irregularidades no contrato de ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi do município.

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De acordo com informações do UOL, investigadores da Polícia Civil avaliam que a execução pode ter sido motivada pela licitação, com uma probabilidade de “nove em uma escala de zero a dez”. O pregão eletrônico ocorreu em 1º de setembro, apenas duas semanas antes do crime.

Diligências e Suspeitos

As ações do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) resultaram em buscas e apreensões em locais relacionados a servidores municipais. Um dos alvos foi o subsecretário de Gestão e Planejamento, Sandro Rogério Pardini, de 60 anos. Na casa dele, foram encontrados R$ 50 mil, US$ 10.030 e 1.135 euros. Pardini pediu exoneração do cargo logo após a operação, e seus advogados negam qualquer envolvimento no homicídio.

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No total, sete pessoas são consideradas suspeitas de envolvimento direto no assassinato: cinco foram presas, duas estão foragidas e uma faleceu em confronto policial no Paraná.

Possível Ligação com o Crime Organizado

Um dos detidos, Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano”, é identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Fontes da investigação ressaltam que Fontes, durante sua carreira como delegado, foi um pioneiro no combate à facção, conseguindo prender líderes do grupo.

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Embora a motivação histórica relacionada ao crime organizado seja considerada, a hipótese de que a morte tenha sido uma retaliação imediata pela descoberta de fraudes no contrato milionário continua sendo a principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo. A apuração sobre o caso segue em andamento.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.