Moro solicita esclarecimentos de Carlos Roberto Fundin devido à quebra da monitoração eletrônica e a possibilidade de nova detenção
Ex-parlamentar é acusado de integrar o grupo que ordenou o assassinato da vereadora Marielle Franco; o Supremo Tribunal Federal aponta descumprimento de…

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a defesa do ex-deputado Chiquinho Brazão apresente sua manifestação urgente em relação ao descumprimento das regras da prisão domiciliar e do monitoramento eletrônico, sob risco de decretação imediata da prisão.
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A decisão foi divulgada após a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro relatar que o ex-parlamentar infringiu, por três dias consecutivos, em julho, a área de isolamento definida como parte das medidas cautelares, o que demonstra possível descumprimento das condições estabelecidas pela Justiça.
O magistrado determinou que os advogados do réu João Francisco Inácio Brazão prestem esclarecimentos sobre o descumprimento da prisão domiciliar e das medidas cautelares, sob pena de decretação imediata da prisão. Além da tornozeleira eletrônica, Chiquinho Brazão está proibido de utilizar redes sociais, conceder entrevistas sem autorização judicial e manter contato com outros investigados no caso que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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Revisar o ocorrido.
Chiquinho Brazão foi preso em março de 2023, junto com seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), após serem considerados os responsáveis pelo assassinato da parlamentar.
A acusação surgiu de uma delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que admitiu ter realizado o crime, ocorrido em março de 2018.
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Chiquinho Brazão continua com seu gabinete em operação na Câmara dos Deputados, com diversos assessores trabalhando e recebendo seus salários habituais, ao mesmo tempo em que seu processo de cassação permanece suspenso na Comissão de Ética da Casa. O mesmo ocorre com o conselheiro Domingos Brazão, que mantém seu cargo no TCE-RJ.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, encontra-se preso preventivamente há mais de um ano. Ele foi denunciado por planejar e ordenar o assassinato da vereadora. Barbosa recentemente solicitou a revogação de sua prisão, mas a PGR defendeu a manutenção da medida cautelar.
O caso Marielle, que completa mais de seis anos sem julgamento definitivo, permanece como um dos mais emblemáticos e cobrados pela sociedade brasileira, envolvendo acusações graves contra figuras de destaque da política e das instituições públicas do Rio de Janeiro.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.