O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes ordenou que o Google forneça informações sobre quem publicou, em domínio público, o que a PF (Polícia Federal) considera ser uma minuta de golpe de Estado. A decisão, proferida na terça-feira (17.jun.2025), responde a pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A íntegra da decisão (PDF – 210 kB) está disponível.
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O documento apresentava diversas versões que poderiam ser consideradas um decreto de estado de sítio ou de estado de defesa, necessitando de ratificação pelo Congresso para sua validade. O documento foi rejeitado pela maioria dos comandantes militares e, posteriormente, pelo ex-presidente.
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A defesa de Torres busca reduzir a relevância do documento para o caso, alegando que o arquivo está disponível publicamente na internet. Em 2023, a PF apreendeu uma cópia da mencionada minuta durante uma busca na residência do ex-ministro em Brasília.
Com os dados do Google, os aliados de Torres planejam pedir uma análise pericial. A intenção é comprovar que não há ligação entre o rascunho achado na casa do ex-ministro e o documento que supostamente foi exibido por Bolsonaro aos ex-comandantes das Forças Armadas.
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Ademais, Moraes também autorizou o contato entre Torres e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. A medida foi solicitada pela defesa de Torres para esclarecer inconsistências nos depoimentos fornecidos pelo militar da Polícia Federal durante as investigações.
A reunião entre Torres e o general Freire Gomes está agendada para a próxima terça-feira (24.jun.2025). As investigações indicam que Gomes testemunhou uma reunião em que Bolsonaro apresentou estudos para buscar o apoio das Forças Armadas na tentativa de golpe em 2022.
Fonte por: Poder 360