O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou a proibição de acampamentos na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Também está vedada a montagem de acampamento em frente a quartéis das Forças Armadas. A decisão, oficializada na sexta-feira 25, foi tomada após deputados bolsonaristas montarem barreiras próximas ao STF em manifestação contra a atuação do tribunal.
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A decisão de Moraes também determinou a remoção imediata dos deputados do PL que estavam no local. A ordem foi cumprida na madrugada de sábado, 26, com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O político leu a decisão para os aliados, que desmobilizaram o acampamento na sequência.
A decisão do ministro nesta sexta-feira previa a prisão em flagrante em caso de resistência. O deputado Helio Lopes (PL-RJ) foi o principal alvo da medida. Na tarde do mesmo dia, utilizando uma camiseta com a bandeira de Israel, o parlamentar comunicou que, além do acampamento, realizaria um “jejum de palavras” em oposição às decisões do STF que visam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Além de Lopes, Moraes citou outros quatro deputados do PL na decisão que proibiu os acampamentos: Sósthenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Cristostomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). Não está claro se o grupo chegou, de fato, a integrar o acampamento iniciado por Lopes.
Lopes, após desmontar o acampamento, divulgou nas redes sociais que o Brasil estaria sob uma “ditadura”. O termo também foi empregado por Cavalcante, que afirmou estar no Rio de Janeiro e não acampar em Brasília, e por Chrisóstomo. Zaeli Silva não se manifestou.
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Fonte por: Carta Capital