O ministro Alexandre de Moraes, do STF, permitiu nesta segunda-feira (1) que o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em regime de prisão domiciliar.

A visita deverá ser realizada ainda nesta segunda-feira, até as 18h, conforme o despacho.

A visita foi solicitada pela defesa do ex-presidente. Bolsonaro permanece em regime domiciliar desde o início do mês após descumprir medidas cautelares que o impediam de utilizar redes sociais.

A prisão implementa diversas restrições e é submetida a monitoramento pela Justiça, mesmo sem o encarcerado estar fisicamente detido.

Moraes deve autorizar todas as visitas, exceto as de advogados e familiares. Os convidados não podem usar o celular, fotografar ou gravar vídeos com o ex-presidente.

Leia também:

Ricardo Nunes acredita em vitória sobre Lula em 2026 e critica gestão atual em entrevista

Câmara dos Deputados inicia discussão sobre reforma tributária e alíquotas para SAFs

Polícia Federal inicia segunda fase da operação Unha e Carne com mandados no RJ e ES

Ademais, na entrada do condomínio, veículos e bagageiros de visitantes serão revistados pela polícia.

No dia seguinte à decisão que decretou a domiciliar, Arthur Lira publicou nas redes sociais que as medidas contra Bolsonaro eram “exageradas”. Disse ainda que o Brasil precisa “tratar melhor seus ex-presidentes”.

As ações tomadas em relação a Jair Bolsonaro são excessivas e intensificam as tensões em um país já polarizado, que necessita de paz e estabilidade para avançar.

O pedido de audiência se formaliza um dia antes do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. A partir de terça-feira (2), a Primeira Turma do STF iniciará a análise da acusação sobre a participação do ex-presidente e mais sete réus em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de prisão.

Fonte por: CNN Brasil