Morgan Stanley: Brasil Urge Política Industrial de Longo Prazo com Foco de 20 a 30 Anos

Renato Grandmont defende que programas para o setor devem ter foco em horizonte de 20 a 30 anos, sem alterações por governos.

02/10/2025 20:24

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(Imagem de reprodução da internet).

Análise de Especialista: Brasil Precisa de Política Industrial de Longo Prazo

Segundo Renato Grandmont, diretor de investimentos do Morgan Stanley, o Brasil está subdesempenhando e a taxa de crescimento do país deveria ser significativamente maior. A principal crítica de Grandmont reside na ausência de uma política industrial de longo prazo, que, na sua visão, é essencial para impulsionar o crescimento econômico.

Grandmont argumenta que uma política industrial consistente, com um horizonte de 20 a 30 anos, poderia elevar a taxa de crescimento do Brasil para níveis mais expressivos, como 6%, 7% ou 8% ao ano. Ele atribui a falta de resultados positivos à falta de planejamento estratégico e continuidade nas políticas industriais.

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Foco em Longo Prazo e Potencial Inexplorado

O diretor do Morgan Stanley defende que os programas voltados ao setor produtivo devem ser planejados com uma visão de longo prazo, transcendendo as mudanças de governo. Ele destaca que o Brasil não está explorando totalmente seu potencial em áreas como o turismo, que apresenta oportunidades significativas.

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Expectativas para a Taxa Selic

Grandmont considera a taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, como excessivamente alta. Ele estima que a taxa Selic deve cair para 11,5% ao final de 2026. Essa projeção é mais otimista do que a mediana do mercado, divulgada pelo boletim Focus do Banco Central, que prevê uma Selic de 12,25% no fim do próximo ano.

Mercado Ignora Impacto do Shutdown

O diretor do Morgan Stanley também ressalta que o mercado financeiro tem minimizado os efeitos do shutdown nos Estados Unidos. No entanto, ele acredita que a paralisação nos EUA não tem tido impacto real no mercado, contrariando suas expectativas.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.