Álvaro Morata, capitão da seleção espanhola, afirmou ter superado os problemas de saúde mental que viveu no ano passado, mas declarou não ser válido continuar representando a Espanha “apenas para ser insultado e vaiado nos estádios”.
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Na estreia de um documentário, que será exibido na plataforma Movistar Plus, o atacante revelou detalhes íntimos sobre o período mais difícil de sua vida, caracterizado por episódios de depressão e crises de pânico.
As dificuldades se intensificaram durante o período em que o atleta jogava pelo Atlético de Madrid, agravando-se com críticas provenientes da mídia, das redes sociais e da torcida nos estádios, que afetaram até mesmo sua família.
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É válido que, a cada vez que vou à Espanha com a minha família, eu tenha experiências desagradáveis e as pessoas zombem de mim, insultem e riam de mim? Não sei se vale a pena. Vale a pena continuar jogando pela seleção só para ser insultado e vaiado nos estádios onde eu jogo com a camisa da seleção? Não vale a pena.
O atleta ressaltou que o acompanhamento psicológico especializado foi fundamental para sua recuperação. De acordo com Morata, ele chegou a pensar em se machucar para não jogar.
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Sentia medo de praticamente tudo. Possuía inúmeros pensamentos terríveis e autodestrutivos. Até considerei inventar uma lesão para não precisar frequentar determinados lugares. A mente propunha diversas ideias a fim de evitar o sofrimento que me causava. Era como se estivesse em um ambiente escuro como breu, com todos me observando. Minha cabeça constantemente me transmitia sinais, mensagens e vozes que diziam coisas terríveis, declarou.
A insatisfação de Morata com fatos recentes persiste, mesmo após o título da Eurocopa. Álvaro declarou-se frustrado por não observar uma mudança no comportamento: “Após vencer a Eurocopa há um ano, pensei que as pessoas seriam mais respeitosas”, afirmou.
A questão sobre sua permanência na seleção não é recente. Na última data de 8 de maio, após a derrota nos pênaltis para Portugal na final da Liga das Nações, o atacante já havia indicado a viabilidade de se desligar da equipe nacional. “É possível que eu não esteja aqui em setembro”, declarou na ocasião.
Com 32 anos, Morata considera o momento como de reflexão. Após deixar o Atlético de Madrid e passar pelo Milan, o jogador atualmente defende o Galatasaray.
Fonte por: CNN Brasil