O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitou a extradição de seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro, que é acusado pela Procuradoria-Geral da República pelo vazamento de conversas de WhatsApp entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral.
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O procurador-geral, Moraes, enviou ao Ministério da Justiça o pedido, que foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty, por sua vez, deve prosseguir com o processo de extradição com o governo da Itália, onde Tagliaferro reside.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao Supremo Tribunal Federal a denúncia contra o ex-assessor. Gonet acusou Tagliaferro dos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Segundo o PGR, Tagliaferro infringiu o sigilo funcional ao divulgar conversas sobre assuntos reservados, visando satisfazer interesses ilegais de uma organização criminosa que disseminava notícias falsas em relação ao sistema eleitoral. Adicionalmente, prosseguiu Gonet, Tagliaferro prejudicou a investigação da organização criminosa por meio da mesma conduta e do mesmo propósito.
Em abril, a PF indiciou Tagliaferro pelo vazamento de diálogos de Moraes com auxiliares. Para a acusação, a violação de sigilo funcional foi consciente e voluntária, pois o investigado integrava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE.
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Fonte por: Carta Capital