Moraes instrui advogado de Filipe Martins a se pronunciar de forma comedida
O ministro criticou o advogado de Filipe Martins após ele ter interrompido o depoimento de Mauro Cid na segunda-feira.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, declarou na segunda-feira (14.jul.2025) que o advogado criminalista Jeffrey Chiquini, que representa o ex-assessor Filipe Martins, deveria ter concorrido para o Ministério Público se desejasse apresentar a acusação. Martins é réu na Corte por tentativa de golpe de Estado e faz parte do núcleo 2 do inquérito da PGR.
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A declaração foi proferida em novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, sob a condição de informante. O depoimento se refere às APs 2693, 2696 e 2694 (núnios 2, 3 e 4, respectivamente) da tentativa de golpe de Estado.
Chiquini retomou o depoimento solicitando, mais uma vez, a suspensão da audiência. Ele alegou ter tido quatro dias úteis para analisar 78 terabytes de informações, o que era “humanamente impossível”. O advogado também declarou que a instrução do núcleo 1 foi concluída e que não foi possível realizar questionamentos aos acusados.
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Moraes declarou que tal decisão já havia sido tomada pela instância anterior. “Ninguém solicitou esse material, ninguém o reuniu. Não foi a acusação. Foram as defesas. Não há nada nesse material que seja imputado”, afirmou.
O ministro do STF foi interrompido pelo advogado e o advertiu: “Doutor, enquanto eu falo, o senhor fica quieto”.
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O ministro criticou o advogado. “Se desejar prosseguir com a acusação, deveria ter concorrido para o Ministério Público”, afirmou. “Não é você quem deve informar ao Procurador-Geral se ele irá denunciar seu cliente no núcleo 1, no núcleo 2 ou no núcleo 3.”
Suprema Corte conduz ouvida de testemunhas
O Supremo Tribunal Federal iniciou, na segunda-feira (14.jul), a audição de testemunhas apontadas pela Procuradoria-Geral da República.
Mauro Cid declarou como informante após assinar um acordo de colaboração premiada no caso. As declarações se referem às APs 2693, 2696 e 2694 (nós 2, 3 e 4, respectivamente).
Os depoimentos serão conduzidos até 23 de julho, por meio de videoconferência. Segue o cronograma:
A etapa de instrução consiste na produção das provas para acusação e defesa. As testemunhas de defesa foram designadas pelos advogados dos réus.
Quem são os maus.
Núcleo 2:
Núcleo 3:
Núcleo 4:
Todos os acusados respondem pelos crimes de:
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.