Moraes contesta acusação de Tagliaferro, que o imputou por manipular documentos

O ministro afirmou que todos os atos de investigação foram conduzidos conforme o devido processo legal.

03/09/2025 22:57

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Moraes contesta acusação de Tagliaferro, que o imputou por manipular documentos
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, contestou as alegações apresentadas por seu ex-assessor Eduardo Tagliaferro.

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O perito está foragido na Itália e apresentou denúncia em audiência por videoconferência no Senado, alegando que o magistrado adulterou documentos para justificar operações da Polícia Federal.

Os documentos apresentados por Eduardo Tagliaferro na Comissão de Segurança Pública do Senado Federal na terça-feira (2) revelam que uma petição com data alterada foi identificada.

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O perito que trabalhou no TSE informou que um documento foi elaborado após uma ação policial, porém, houve adulteração na data para que o material técnico aparentasse ter sido produzido anteriormente.

Tagliaferro argumenta que a data foi modificada porque Moraes não desejava que a Polícia Federal tivesse realizado buscas e apreensões em locais apenas com base em uma notícia de imprensa divulgada na época.

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Os metadados de Tagliaferro indicam que o documento foi criado em 28 de agosto de 2022, às 10h33. O documento foi inserido no processo de investigação com outra data: 22 de agosto.

O ministro Alexandre de Moraes afirmou em nota que todos os procedimentos de investigação foram conduzidos de maneira regular. A assessoria do TSE foi acionada para recolher dados, e estes foram repassados às autoridades competentes.

Consulte a íntegra da declaração do ministro:

O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes informa que, durante as investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878 (milícias digitais), conforme os termos regimentais, foram realizadas diversas determinações, requisições e solicitações a vários órgãos, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, possui competência para a elaboração de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições.

Os relatórios detalhavam as publicações ilegais nas redes sociais, de forma objetiva, em razão de sua ligação direta com as investigações de milícias digitais.

Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações e em outras conexões e enviados à Polícia Federal para a continuidade das diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria Geral da República. Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República.

Na PET 10.543, o procedimento seguiu de forma idêntica. Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi requisitado relatório para o TSE, que foi anexado aos autos em 29 de agosto, com imediata vista concedida às partes. O recurso da PGR não foi admitido pelo STF, em 9 de setembro. Tudo ocorreu de forma regular e oficialmente nos autos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.