Nos últimos meses, uma série de boatos tem circulado em Brasília, especialmente nos últimos dois meses de 2025. Esses rumores giram em torno de conversas entre o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
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A principal questão em debate é se Galípolo sofreu alguma pressão de Moraes para impedir a venda do Banco Master para o BRB, uma instituição financeira estatal de Brasília, ou para evitar um processo de liquidação do banco.
Detalhes das Conversas
Fontes próximas a Galípolo afirmam que o presidente da autarquia sempre negou ter recebido qualquer pressão de Moraes. Ele ressalta que o Banco Master encerrou suas operações em 3 de setembro de 2025, e em 18 de novembro. Ele enfatiza que os contatos são de natureza amigável, e que o ministro Moraes estava preocupado com as medidas impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que restringiam suas operações financeiras nos EUA e em bancos brasileiros com operações no norte americano.
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Envolvimento de Terceiros
A situação se complica com o fato de a advogada Viviane Barci, esposa de Moraes, ter sido contratada pelo Banco Master para prestar serviços. Os honorários de Barci seriam de R$ 3,6 milhões por mês, por 36 meses, totalizando R$ 129 milhões. Essas informações foram divulgadas pela jornalista Malu Gaspar, mas o contrato integral nunca foi divulgado.
Não há informações sobre o cumprimento do acordo ou sobre os serviços prestados.
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Reações e Contrapontos
Fontes relatam que Galípolo negou veementemente a qualquer pressão por parte de Moraes, e que o ministro Moraes estava preocupado com as medidas impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. O ministro Moraes ficaria sem poder fazer operações financeiras nos EUA, mas tampouco em bancos brasileiros que mantivessem alguma operação em solo norte-americano.
Galípolo e Moraes têm relação amistosa e sempre comentam em conversas sobre a atuação de seus times. O presidente do Banco Central torce pelo Palmeiras. Moraes, pelo Corinthians.
Contexto e Relevância
Este caso ilustra a dinâmica entre os Poderes da República no Brasil, onde o contato entre ministros do STF e o presidente do Banco Central é relativamente comum, diferente do que ocorre em outros países, como nos Estados Unidos, onde o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não se envolve com magistrados do Supremo norte-americano.
