O Produto Interno Bruto do país apresentou expansão de 5,2% no segundo trimestre do ano, porém existe a possibilidade de arrefecimento nos meses seguintes.
O ministro do Comércio alertou que a economia chinesa apresenta uma situação muito grave e complexa, e que o governo pretende implementar medidas no segundo semestre para lidar com os desafios.
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O Produto Interno Bruto do país asiático registrou um crescimento de 5,2% no segundo trimestre, de acordo com dados oficiais divulgados na terça-feira, contudo, diversos especialistas alertam que são necessárias medidas para evitar uma desaceleração no segundo semestre de 2025.
As interrupções no comércio mundial causadas pelos arancões dos Estados Unidos representam uma ameaça às exportações chinesas, que são fundamentais para o crescimento considerando a instabilidade do consumo doméstico.
Ainda se verifica uma situação muito grave e complexa. As mudanças globais são instáveis e incertas. Algumas de nossas políticas apresentam respostas novas, alinhadas aos tempos e às circunstâncias.
“Nossa caixa de ferramentas está completa e estaremos totalmente preparados”, afirmou.
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Wang enfatizou, em resposta à pergunta sobre a dependência chinesa das exportações, que o governo estava elaborando políticas “para impulsionar ainda mais o desenvolvimento do consumo”.
A economia chinesa está em recuperação e os fundamentos de longo prazo permanecem os mesmos. As características do mercado de consumo com grande potencial, a forte resiliência e a vitalidade não foram alteradas.
“Também estamos promovendo novas formas de consumo”, acrescentou. “Por exemplo, Pop Mart, esse tipo de novas tendências, novas modas e estilos (…). O fenômeno Labubu conquistou o mundo”, disse.
As bonecas Labubu, da empresa chinesa Pop Mart, alcançaram um status internacional e são encontradas adornando bolsas de personalidades como Rihanna e Cher.
O ministro também discutiu as disputas comerciais com os Estados Unidos e garantiu que Washington permanecerá um parceiro comercial relevante, mesmo diante das dificuldades.
Estados Unidos e China implementaram tarifas elevadas mutuamente antes do anúncio, em maio, com uma trégua temporária de conclusão ainda incerta.
Wang ressaltou que os intensos laços econômicos entre os países inviabilizam a desconexão artificial e a interrupção das cadeias de abastecimento.
O ministro admitiu, contudo, que as divergências prejudicaram e interromperam significativamente a colaboração comercial padrão entre China e Estados Unidos.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.