Ministro da Hungria Critica Envio de Recursos à Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, declarou nesta quinta-feira (20) que a União Europeia deveria interromper os repasses financeiros à Ucrânia, em razão de denúncias de corrupção. “Há uma máfia da guerra, um sistema corrupto operando na Ucrânia, e a presidente da Comissão Europeia… em vez de suspender os pagamentos e exigir uma liberação financeira imediata, quer enviar mais 100 bilhões para a Ucrânia.
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Isso é insano”, afirmou Szijjarto a jornalistas em Bruxelas, antes de uma reunião com autoridades da UE.
Na quarta-feira (19), dois ministros ucranianos foram destituídos pelo parlamento, em meio a uma grande investigação de corrupção. O parlamento também solicitou ações mais amplas para restaurar a confiança na liderança do país. A investigação envolve um suposto esquema de 100 milhões de dólares relacionado ao controle de contratos na agência nuclear estatal, o que gerou indignação até mesmo entre os mais próximos do presidente Volodymyr Zelensky.
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Desdobramentos da Investigação de Corrupção
Durante as declarações em Bruxelas, Szijjarto mencionou que a situação atual não é favorável para a Ucrânia. Ao chegarem para a reunião, a ministra das Relações Exteriores da Suécia, Maria Malmer Stenergard, e o ministro da Polônia, Radoslaw Sikorski, também expressaram que qualquer plano de paz para a Ucrânia deve ser cuidadosamente avaliado.
Em agosto, a Ucrânia indiciou seis pessoas, incluindo um parlamentar, por envolvimento em um esquema de corrupção relacionado à compra de equipamentos para as Forças Armadas. Em novembro, o gabinete anticorrupção da Ucrânia revelou um esquema que envolvia um grupo criminoso, incluindo um ex-assessor do ministro da Energia e o chefe de segurança da companhia Energoatom, que controlava licitações e exigia pagamentos ilegais dos contratados.
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A investigação, que durou 16 meses, resultou em diversas buscas e apreensões. A Energoatom confirmou as operações em seus escritórios e se comprometeu a colaborar com as autoridades.
