Ministro afirma que Conselho de Segurança da ONU investigará drones russos na Polônia

País solicitou reunião de emergência após invasão de seu espaço aéreo por equipamentos de Moscou.

11/09/2025 6:04

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O Conselho de Segurança da ONU convocará uma reunião de emergência, por iniciativa da Polônia, para analisar a invasão do espaço aéreo polonês que ocorreu na semana passada, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da Polônia nesta quinta-feira (11).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O anúncio se segue a uma operação sem precedentes, na qual a Polônia, país membro da União Europeia e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), com o apoio de aliados, interceptou drones russos que invadiram seu espaço aéreo na quarta-feira (10).

O ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, declarou à rádio local: “Estamos chamando a atenção do mundo para este ataque sem precedentes de drones russos contra um membro da ONU, UE e OTAN”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Eu já me apresentei ao Conselho de Segurança da ONU anteriormente e acredito que nossos argumentos foram persuasivos”, acrescentou.

A Rússia rejeitou qualquer envolvimento no incidente, com um diplomata de alto escalão na Polônia declarando que os drones originaram-se da Ucrânia, país alvo da invasão russa em 2022.

Leia também:

O Ministério da Defesa da Rússia declarou que os equipamentos conduziram um amplo ataque a estruturas militares na região ocidental da Ucrânia, assegurando que não existiam intenções de atacar qualquer alvo na Polônia.

A Rússia realiza invasão com drones.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, declarou ter ativado o artigo 4 do Tratado da Otan em razão da invasão do espaço aéreo do país pela Rússia, ocorrida durante os ataques contra a Ucrânia.

O governo comunicou que 19 drones russos violaram o espaço aéreo polonês e os que apresentavam risco foram neutralizados. Forças aéreas da Polônia e de países da Otan participaram da operação.

O abate desses drones, que representavam uma ameaça à segurança, alterou a situação política. Assim, as consultas entre aliados se transformaram em um pedido formal para ativar o Artigo 4 do Tratado da OTAN.

As partes devem ser consultadas sempre que a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma delas estiver ameaçada.

Desde a fundação da Otan em 1949, o Artigo 4 foi utilizado sete vezes, com a mais recente ocorrência em fevereiro de 2022, em decorrência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Países que compartilham fronteira com a Ucrânia haviam informado anteriormente sobre a passagem de mísseiros ou drones russos por seus territórios aéreos durante o conflito, porém em menor intensidade, e sem confirmação de disparos.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.