A tensão entre Estados Unidos e Venezuela elevou-se com o envio de três navios de guerra para a costa venezuelana. O movimento militar representa uma escalada notável nas relações entre os dois países, gerando preocupações sobre possíveis conflitos na região.
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Em entrevista à CNN Arena, Flávia Loss de Araújo, professora de Relações Internacionais do Instituto Mauá de Tecnologia, afirma que a mobilização militar americana dobra a aposta sobre uma possível ameaça à Venezuela. A especialista ressalta que não é a primeira vez que os EUA consideram uma intervenção no país sul-americano, lembrando que discussões semelhantes já ocorreram anteriormente.
Araújo aponta que uma invasão efetiva enfrentaria obstáculos consideráveis nos próprios Estados Unidos. Seria indispensável a autorização do Congresso americano, algo que Donald Trump provavelmente não obteria. Além disso, a opinião pública norte-americana não é favorável a esse tipo de intervenção, sobretudo considerando os custos que incidiriam sobre os contribuintes.
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A situação causa preocupação para toda a América do Sul, notadamente para o Brasil. Um possível desestabilamento da Venezuela poderia levar a um aumento do fluxo de refugiados e intensificar os problemas estruturais já existentes na região.
A especialista ressalta que não há um plano claro para o “futuro” em caso de uma intervenção que removesse o governo venezuelano atual.
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Apesar dos interesses econômicos envolvidos, sobretudo ligados ao petróleo, Araújo propõe que a movimentação recente pode fazer parte de uma estratégia de “espetacularização” da política externa dos Estados Unidos, visando desviar a atenção do público americano dos problemas internos do país.
O Brasil, historicamente um mediador na região, se encontra em uma situação delicada em razão das tensões com os Estados Unidos. O governo brasileiro declarou que está acompanhando a situação, ciente dos impactos que uma escalada do conflito pode ter para o país e para a estabilidade da região.
Fonte por: CNN Brasil
