Ministério Público Federal solicita que Jair Bolsonaro e outros sete réus sejam condenados por crime de golpe de Estado

Antes do julgamento, a Promotoria Federal apresentou as alegações finais no caso contra o principal centro da trama golpista.

15/07/2025 7:13

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DF - BRASÍLIA, CHEGADA DO JAIR BOLSONARO - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 25/03/2025 - BRASÍLIA, CHEGADA DO JAIR BOLSONARO - O ex-presidente Jair Bolsonaro é visto ao chegar em Brasília no dia que se inicia seu julgamento pela primeira turma do Superior Tribunal Federal por tentativa de golpe de estado. Brasília, 25 de março de 2025. 25/03/2025 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete réus do núcleo 1 da trama golpista. A manifestação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e integra as alegações finais, a última fase antecedente ao julgamento dos acusados, previsto para setembro deste ano.

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No documento, com 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, sustenta que Bolsonaro e os demais acusados devem ser condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. As penas máximas para os crimes ultrapassam os 30 anos de prisão.

Além de Bolsonaro, a PGR solicitou a condenação dos seguintes réus:

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Em caso de condenação, Cid deverá ter a pena suspensa em razão do acordo de desculpação premiada firmado com a Polícia Federal (PF) durante as investigações.

Bolsonaro

Na manifestação, o procurador-geral detalhou o papel de Jair Bolsonaro na trama golpista. Ele o descreveu como líder da organização criminosa e principal articulador e maior beneficiário das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país em 2022. Segundo Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais.

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O procurador afirmou que houve a mobilização sistemática de agentes, recursos e competências estatais, em detrimento do interesse público, com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias.

Próximos passos

Com o posicionamento da Procuradoria-Geral da República, inicia-se o período de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, colaborador na investigação, apresente suas alegações finais ao STF. Posteriormente, será a vez das defesas dos réus apresentarem suas alegações no mesmo prazo. Após receber todas as manifestações, a data do julgamento será marcada pela Primeira Turma da Corte. Nos bastidores do STF, a expectativa é que o julgamento seja realizado em setembro deste ano.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.