Ministério Público Federal solicita ao Supremo Tribunal Federal apuração de investimentos realizados pouco antes da alta nos preços

Investigadores indicam que funcionários do governo podem ter utilizado informações confidenciais em operações relacionadas ao mercado de câmbio.

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(Imagem de reprodução da internet).

A AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que investimentos realizados no Brasil nas horas que antecederam o anúncio do reajuste tarifário por Donald Trump sejam apurados no inquérito envolvendo Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

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A denúncia apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, requer a investigação de possíveis ligações entre as ações do deputado licenciado nos Estados Unidos e o emprego inadequado de informações privilegiadas no mercado cambial brasileiro. As operações ocorreram em um período antecedente ao anúncio das tarifas, em 9 de julho de 2025.

O documento foi assinado por Flavio José Roman, advogado-geral da União substituto. Notícias divulgadas na sexta-feira (18.jul) pelo portal g1 e pelo Jornal Nacional, da TV Globo, indicam operações cambiais de grande porte conduzidas antes e após o anúncio da política tarifária pelos Estados Unidos.

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A Agência Nacional de Segurança (AGU) aponta que as movimentações sugerem a possibilidade de uso de informações confidenciais por indivíduos ou entidades que teriam se beneficiado com o acesso antecipado a decisões de grande relevância, buscando obter ganhos financeiros significativos em um curto período.

O documento cita uma publicação do investidor Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que apontou ganhos potenciais de até 50% em operações baseadas em informações prévias sobre as taxas.

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A AGU sustenta que, caso as suspeitas sejam confirmadas, a conduta pode configurar utilização indevida de informação relevante que ainda não foi divulgada ao mercado, delito passível de pena de reclusão de 1 a 5 anos, acrescida de multa.

A instituição argumenta que o caso deve ser analisado no âmbito de investigação por se tratar de um desígnio premeditado de coação contra o Poder Judiciário brasileiro, conforme o documento.

A AGU também solicitou que a PGR (Procuradoria Geral da República), responsável pelo pedido de investigação contra Eduardo Bolsonaro, e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) fossem notificadas.

Fonte por: Poder 360

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.

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