Ministério informa sobre dezenas de mortos e feridos em conflitos na Síria
Disputas entre beduínos e drusos começaram após uma série de sequestros na sexta-feira (11), em Sweida.

Setenta e cinco pessoas perderam a vida e outras cento e cinquenta ficaram feridas em balducias armadas na cidade de Suwayda, na Síria, com maioria drusa, segundo o ministério do Interior sírio na manhã desta segunda-feira (14), no mais recente incidente de conflitos entre grupos com divergências religiosas, étnicas ou ideológicas.
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O conflito teve início após uma série de sequestros, incluindo o de um comerciante druso na sexta-feira (11), na rodovia que liga Damasco a Sweida, conforme relatos de testemunhas.
Esta é a primeira vez que disputas desse tipo ocorrem na cidade de Suwayda, capital da província de maioria drusa.
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Em abril, ocorreram confrontos entre combatentes sunitas e moradores drusos armados em Jaramana, a sudeste de Damasco, que se estenderam a um bairro vizinho à capital provincial.
“Este ciclo de violência explodiu de forma alarmante e, caso não seja interrompido, estamos caminhando para um massacre”, declarou Rayan Marouf, pesquisador druso residente em Suwayda e administrador do site Suwayda24.
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Encontros entre combatentes beduinos tribais e milícias drusas se concentraram na área de Maqwas, ao leste de Sweida, onde residiam tribos beduínas, região cercada por grupos drusos armados e, em seguida, ocupada.
O Ministério do Interior Sírio declarou que suas forças iniciarão uma intervenção direta em Suwayda para solucionar o conflito, solicitando a colaboração das partes locais na cidade drusa com as forças de segurança.
Moradores relataram que homens armados de tribos beduínas também lançaram ataques contra aldeias drusas nos arredores oeste e norte da cidade.
Uma fonte médica informou à Reuters que pelo menos 15 corpos foram levados para o necrotório do hospital estadual de Sweida. Aproximadamente 50 pessoas ficaram feridas, com algumas delas encaminhadas para a cidade de Deraa para receber atendimento médico.
A violência marcou o mais recente episódio de massacre religioso na Síria, onde o receio entre grupos minoritários cresceu após a queda do presidente Bashar al-Assad em dezembro, por rebeldes liderados por islâmicos, que instalaram seu próprio governo e forças de segurança.
Essas preocupações se intensificaram após o assassinato de centenas de alauítas em março, em aparente retaliação a um ataque anterior realizado por apoiadores de Assad.
Foi o maior conflito entre grupos armados em anos na Síria, onde uma guerra civil de 14 anos chegou ao fim em dezembro passado com a saída de Assad para a Rússia após seu governo ser deposto por forças rebeldes.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.