Ministério de Portos e Aeroportos apoia restrições no leilão do Porto de Santos após decisão do TCU

Ministério de Portos e Aeroportos defende restrições no leilão do Porto de Santos, após recomendação do TCU, visando aumentar a capacidade de movimentação de contêineres

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(Imagem de reprodução da internet).

Ministério de Portos e Aeroportos Defende Restrições no Leilão do Porto de Santos

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) irá defender, nas discussões internas do governo, a aceitação da decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) e a imposição de restrições no leilão do novo superterminal de contêineres no Porto de Santos (SP).

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O órgão de controle recomendou, nesta segunda-feira, que o leilão ocorra em duas fases, vedando a participação de armadores no Tecon Santos 10.

É importante ressaltar que essa decisão foi tomada como uma recomendação, o que significa que não é obrigatória para o governo. O novo terminal está previsto para receber investimentos superiores a R$ 6 bilhões, tornando-se o maior arrendamento da história do setor portuário e aumentando em 50% a capacidade de movimentação de contêineres em Santos, que já enfrenta saturação.

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Reunião e Divergências no Governo

A CNN apurou que o ministro Silvio Costa Filho e sua equipe irão apoiar as recomendações do TCU. Costa Filho tem uma reunião agendada para esta terça-feira (9) à tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, setores do governo, incluindo a Casa Civil, preferem um leilão aberto, sem restrições.

A Seae (Subsecretaria de Acompanhamento Econômico e Regulação) do Ministério da Fazenda também se manifestou em um parecer favorável a essa abordagem. A Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), com o apoio do MPor, apresentou ao TCU um modelo de leilão em duas fases, mas com restrições diferentes.

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Detalhes sobre as Restrições

A proposta da Antaq previa a vedação, na primeira fase, apenas a operadores de terminais de contêineres já estabelecidos em Santos. Em contraste, a decisão do TCU abrange todas as companhias de navegação. Três armadores — a suíça MSC, a dinamarquesa Maersk e a francesa CMA CGM — já possuem participação em terminais no porto.

O ministro Bruno Dantas, em seu voto, expressou preocupações sobre a verticalização das operações em Santos, onde armadores poderiam dominar também a movimentação de contêineres. De acordo com a decisão, somente na ausência de ofertas na primeira fase, os atuais operadores poderiam participar da segunda etapa, mas teriam que se desfazer de seus ativos antes da assinatura do contrato.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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