Novas Diretrizes para a Mamografia no SUS
O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira, 23, uma mudança significativa na realização da mamografia, inserindo-a como parte do programa de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Pela primeira vez, o exame será oferecido “sob demanda” para mulheres entre 40 e 49 anos, seguindo a vontade da paciente e a avaliação do médico.
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que essa decisão representa um marco histórico, ampliando o acesso ao diagnóstico precoce em uma faixa etária crucial para o desenvolvimento do câncer de mama. “Garantir a mamografia a partir dos 40 anos no SUS é uma decisão histórica”, afirmou, enfatizando o compromisso do governo com a saúde da população feminina e o fortalecimento do sistema público de saúde.
Novas Recomendações e Ações do Ministério
Essa iniciativa faz parte de um conjunto de ações da pasta para aprimorar o diagnóstico e a assistência aos pacientes. Além da mamografia, o Ministério da Saúde também implementará o atendimento móvel em 22 estados, através do programa Agora Tem Especialistas, e ampliará a oferta de medicamentos mais modernos para o tratamento do câncer de mama.
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Em 2024, o SUS já realizou aproximadamente 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos, demonstrando o impacto das ações implementadas.
Diretrizes Atualizadas para o Rastreamento
As novas diretrizes estabelecem um protocolo de rastreamento adaptado às necessidades de cada paciente. As recomendações incluem:
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- 40 a 49 anos: Acesso garantido ao exame, sem rastreamento obrigatório a cada dois anos.
- 50 a 74 anos: Rastreamento populacional bienal (a cada dois anos).
- Acima de 74 anos: Decisão individualizada, considerando comorbidades e expectativa de vida.
Novos Medicamentos e Acesso Universal
A partir de outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizará novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama. Entre eles, o trastuzumabe entansina, destinado a pacientes com sintomas persistentes após a quimioterapia, e os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), recomendados para casos de câncer de mama avançado ou metastático.
O ministro Padilha ressaltou que as negociações garantiram descontos de até 50% nos preços dos medicamentos, permitindo que milhares de mulheres tenham acesso a terapias modernas, que em outros países são restritas a pacientes com maior poder aquisitivo. “Essa é a diferença de um sistema universal: aqui, saúde é direito e não privilégio”, concluiu.
