Revisão da Projeção de Crescimento Econômico pelo Ministério da Fazenda
O Ministério da Fazenda ajustou a previsão de crescimento da economia de 2,3% para 2,2% em 2025. Para 2026, a expectativa de crescimento permanece em 2,4%. Essas informações foram apresentadas no boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgado nesta quinta-feira (13).
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Segundo o ministério, a revisão está relacionada à diminuição da projeção de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) para o terceiro trimestre, refletindo o elevado nível dos juros reais. O documento menciona que “essa desaceleração já era esperada, e repercute efeitos defasados e cumulativos da política monetária restritiva em vigor”.
Fatores que Influenciam a Desaceleração
A avaliação do Ministério da Fazenda indica que a desaceleração poderia ser ainda mais acentuada se não fossem alguns fatores, como o pagamento de precatórios desde julho e o aumento nas concessões de crédito consignado ao trabalhador privado.
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Em relação ao setor produtivo, a expectativa é de crescimento no agropecuário, desaceleração na indústria e estabilidade nos serviços. A projeção de crescimento para a agropecuária foi revisada de 8,3% para 9,5%. Para a indústria, a previsão do PIB caiu de 1,4% para 1,3%, enquanto nos serviços houve uma leve revisão para baixo, de 2,1% para 1,9%.
Condições do Mercado de Trabalho e Inflação
A Secretaria de Política Econômica também observa uma queda nas concessões reais de crédito e um desaquecimento no mercado de trabalho. Apesar da taxa de desemprego estar em níveis historicamente baixos, houve uma redução da população ocupada no terceiro trimestre em comparação ao anterior.
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Além disso, a equipe econômica revisou a expectativa de inflação para este ano, passando de 4,8% para 4,6% em 2025. Se essa projeção se concretizar, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrará o ano acima da meta de 3%, com um intervalo de tolerância de até 4,5%.
A revisão do IPCA leva em conta os efeitos defasados do real mais valorizado, a diminuição da inflação no atacado agropecuário e industrial, além do excesso de oferta de bens em escala global, influenciado por conflitos comerciais e uma bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica em dezembro.
Para 2026, a projeção de inflação medida pelo IPCA foi reduzida de 3,6% para 3,5%, com expectativa de atingir 3,2% no segundo trimestre de 2027, um horizonte importante para a política monetária.
