Em 2025, o Minha Casa, Minha Vida financia 678 mil moradias no Brasil, com previsão de 2 milhões até o ano. Descubra as novidades e desafios do programa!
Até novembro de 2025, aproximadamente 678 mil unidades habitacionais foram financiadas no Brasil por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, conforme dados do Ministério das Cidades. Há uma diferença de pouco mais de 20 mil casas em relação aos dados parciais do ano anterior.
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O setor imobiliário projeta 2025 como um ano “extremamente positivo” para o programa de moradia social, com ênfase nas atualizações, como o lançamento da Faixa 4. Além disso, o programa contou com um orçamento recorde de cerca de R$ 180 bilhões, o maior já destinado à habitação no país.
Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), afirma que esse volume expressivo de recursos proporcionou previsibilidade e segurança ao programa, permitindo a ampliação das contratações. Ele destaca que a meta inicial de 2 milhões de moradias, prevista para quatro anos, pode ser alcançada já em 2025.
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Na cidade de São Paulo, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) estima um crescimento de 41% nos lançamentos de imóveis residenciais e um aumento de 10% nas vendas nos últimos 12 meses até outubro. O SindusCon-SP (Sindicato da Construção Civil) atribui esse desempenho dinâmico, especialmente, às contratações do Minha Casa, Minha Vida.
Em maio de 2025, foi lançada uma nova faixa do programa, voltada para famílias de classe média com renda mensal de até R$ 12 mil, oferecendo juros de 10% ao ano e prazos de pagamento de até 420 meses. Contudo, com a inflação e os reajustes salariais, algumas famílias podem perder a capacidade de participar.
Eduardo Fischer, CEO da MRV&Co, ressalta que, em anos sem reajustes, houve perdas significativas. Ele enfatiza a importância de reavaliar constantemente os parâmetros do programa, pois a inflação e o aumento da renda das famílias são fatores relevantes.
No terceiro trimestre de 2025, o PIB cresceu 0,1% em comparação ao segundo trimestre, enquanto o setor industrial avançou 0,8%, segundo o IBGE. A Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional das Indústrias) mostrou resultados positivos, indicando um cenário favorável para o setor.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, explica que o início do ano costuma ser um período propício para a construção, e diversas medidas devem influenciar a atividade do setor em 2026, além da expectativa de redução da taxa de juros.
Recentemente, o Conselho Curador do FGTS aprovou mudanças nos valores de teto dos imóveis, que entrarão em vigor em janeiro de 2026. Renato Correia, presidente da CBIC, considera essa alteração necessária para superar obstáculos na implementação de empreendimentos em regiões do Norte e Nordeste.
O setor destaca a importância da colaboração entre programas estaduais e federais. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco têm iniciativas próprias que complementam o Minha Casa, Minha Vida, facilitando o acesso à habitação para famílias de renda mais baixa.
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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.