Mineradora revela centro de terras raras em MG sem tecnologia chinesa; anúncio surge com a intensificação dos controles de exportação da China. Operações começa…
A mineradora australiana Viridis Mining & Minerals revelou, nesta segunda-feira (20), a construção de um centro de pesquisa e processamento de terras raras em Poços de Caldas (MG), sem a utilização de tecnologia, componentes ou equipamentos chineses. O comunicado foi feito em um fato relevante ao mercado.
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O novo centro será instalado no parque industrial de Poços de Caldas, a aproximadamente 7 quilômetros das concessões minerais da empresa. Ele servirá como base para a produção experimental de carbonato misto de terras raras, uma etapa intermediária na cadeia de refino desses minerais.
As operações do centro estão programadas para iniciar no segundo trimestre de 2026. A planta terá capacidade para processar 100 quilos por hora de minério bruto e funcionará como uma unidade de demonstração, focando na validação de parâmetros técnicos e na otimização operacional.
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Outro objetivo do centro é gerar amostras de produtos para qualificação de parceiros de offtake, ou seja, empresas que poderão firmar contratos de compra antecipada da produção futura. O anúncio acontece em um contexto de ampliação dos controles de exportação impostos pela China sobre as terras raras, essenciais para a fabricação de diversos produtos tecnológicos.
A medida chinesa acendeu alertas em países ocidentais, intensificando a busca por fornecedores alternativos, como o Brasil. A decisão da Viridis de excluir insumos e tecnologia da China foi considerada “estratégica”, visando evitar riscos de dependência e consolidar o Projeto Colossus, no sul de Minas Gerais.
Segundo a empresa, essa abordagem proativa garante que a Viridis não fique exposta a possíveis atrasos ou restrições decorrentes dos novos controles de exportação, posicionando o Projeto Colossus como um dos poucos empreendimentos de terras raras alinhados ao ocidente.
O novo centro integra o Projeto Colossus, que visa desenvolver reservas de argilas iônicas ricas em terras raras, com potencial para produzir elementos como neodímio, praseodímio, térbio e disprósio, utilizados na fabricação de ímãs. A empresa destacou que o licenciamento ambiental é atualmente sua principal prioridade.
O estudo e relatório de impacto ambiental foram apresentados em janeiro de 2025, e a expectativa é que a licença prévia seja concedida em breve. A Viridis também iniciou o estudo de viabilidade definitiva, com conclusão prevista para junho de 2026.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.