Milhões de pessoas enfrentam a fome em Gaza, aponta organização internacional
A projeção indica que o número de indivíduos nessa situação deve atingir mais de 640 mil até o mês de setembro.
A fome afetou uma região da Faixa de Gaza e deverá se expandir nos próximos meses, constatou um monitor global da fome nesta sexta-feira (22), uma avaliação que intensificará a pressão sobre Israel para permitir a entrada adicional de ajuda humanitária na área palestina devastada pelo conflito.
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O sistema IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, na sigla em inglês) indicou que 514 mil pessoas – quase um quarto dos palestinos em Gaza – sofrem de fome, e essa cifra deve atingir 641 mil até o final de setembro.
Estima-se que aproximadamente 280 mil indivíduos se encontrem na região norte, incluindo a Cidade de Gaza – também denominada província de Gaza – onde a ONU declarou estado de fome, a primeira determinação desse tipo no território.
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O restante está em Deir al-Balah e Khan Younis – áreas do centro e sul que o IPC projetou que estariam em situação de fome até o final do próximo mês.
Uma área é considerada em estado de fome quando pelo menos 20% da população sofre de extrema escassez de alimentos, com uma criança a cada três gravemente desnutridas e duas pessoas a cada dez mil morrendo diariamente por fome ou desnutrição e doenças.
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Apesar de uma região não ser classificada como em situação de fome por não atingir esses critérios, o IPC pode concluir que as famílias ali presentes estão sofrendo de inanição, miséria e morte.
A análise do IPC decorre das declarações do Reino Unido, Canadá, Austrália e diversos países europeus, que consideram que a crise humanitária atingiu “níveis inauditos” após quase dois anos de conflito entre Israel e os militantes palestinos do Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, emite um alerta significativo para uma “catástrofe humanitária épica” em um território que abrange mais de dois milhões de pessoas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no mês passado que diversas pessoas estavam sofrendo de fome, o que o tornou discordante de alguns membros do seu Partido Republicano, que apoiaram fortemente a posição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que não havia fome.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












