A comitiva do presidente da Argentina, Javier Milei, em Lomas de Zamora, na região metropolitana de Buenos Aires, foi interrompida nesta quarta-feira, 27, após o veículo em que ele viajava ser atingido por pedras e outros objetos.
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O presidente, sua irmã Karina, o candidato José Luis Espert e o organizador do evento Sebastián Pareja estavam presentes no evento. A agência Reuters informou que a manifestação incluiu palavras de ordem contra o governo, como “Fora, Milei”.
Após o ocorrido, o motorista do veículo aumentou a velocidade em meio à população para removê-los da área do ataque. O evento fazia parte da campanha para as eleições legislativas em Buenos Aires, previstas para 7 de setembro.
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Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, acusou o “kirchnerismo” do ataque e anunciou que não houve feridos. “Militares da velha política, kirchnerismo em estado puro e um modelo de violência que só os homens das cavernas do passado querem: atacaram com pedradas a caravana que transportava o Presidente da Nação”, declarou em publicação no X.
O caso ocorreu em meio a um escândalo envolvendo Karina, que, além de irmã, é braço direito de Milei. O caso veio à tona na semana passada, quando jornais argentinos publicaram áudios vazados atribuídos ao então chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, amigo e advogado pessoal do presidente.
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Nos áudios, Spagnuolo aponta a irmã e braço direito do presidente, Karina Milei, como uma das principais beneficiárias de um esquema de cobrança de propinas em compras de medicamentos para pessoas com deficiência, e acusa o presidente Milei de conhecimento do esquema de corrupção.
“Estão fraudando a minha agência”. “Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina.”
Gravações indicam que Karina e o subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo “Lule” Menem, receberam propina da indústria farmacêutica em troca de contratos superfaturados para o fornecimento de medicamentos à rede pública.
Karina e Menem cobravam propina em 8% sobre os contratos com o governo, o que gerava uma receita mensal entre 500 mil e 800 mil dólares, com Karina recebendo a maior parte do dinheiro, entre 3% e 4%.
Fonte por: Carta Capital