As eleições legislativas realizadas em 26 de outubro de 2025 impactaram significativamente o cenário político argentino. O partido La Libertad Avanza, liderado pelo presidente Javier Milei, conseguiu reduzir a influência do Fuerza Patria, um partido de esquerda.
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Antes da votação, o Fuerza Patria possuía 98 deputados, mas perdeu 2. Em contrapartida, o La Libertad Avanza aumentou sua representação de 44 para 93 deputados. Essa mudança na dinâmica política refletiu o crescente apoio ao projeto de governo de Milei.
O Pro, um partido de centro-direita, também sofreu perdas, com a perda de 21 cadeiras das 35 que detinha. O Provincias Unidas e seus aliados de centro mantiveram suas 17 cadeiras. Os demais partidos somaram 63 deputados, número que diminuiu para 37 após a eleição.
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Senado
No Senado, o Fuerza Patria perdeu 8 cadeiras, agora contando com 26. O La Libertad Avanza aumentou sua representação de 6 para 19 lugares. O Pro perdeu 2 cadeiras, totalizando 5, enquanto a Unión Cívica Radical, que possuía 13 senadores, agora tem 10.
Fôlego para Milei
A vitória representa um fortalecimento para o governo, que enfrenta um Legislativo fragmentado e desafios econômicos. O resultado positivo ocorreu após o aporte financeiro de US$ 20 bilhões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
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Essa ajuda desempenhou um papel estratégico na campanha, permitindo a mobilização de recursos, publicidade e apoio a candidatos alinhados à Casa Rosada.
A vitória concede a Milei uma maior margem de manobra no Congresso, abrindo caminho para privatizações, reformas trabalhistas e cortes fiscais planejados. Apesar do fortalecimento, a polarização política e as resistências provinciais podem exigir negociações cuidadosas.
O resultado também transmite uma mensagem política sobre o apoio à agenda ultraliberal na Argentina e reforça o papel de aliados internacionais em campanhas regionais. O presidente entra na segunda metade do mandato com maior controle no Legislativo, mas com o desafio de equilibrar reformas radicais e estabilidade institucional.
As ações de empresas argentinas já reagiram ao resultado das eleições. No período conhecido como after hours –nome dado às negociações realizadas após o horário regular da Bolsa norte-americana– os papéis do Grupo Supervielle avançaram cerca de 15,16%, os do Banco Galicia subiram 12,9% e os da petrolífera estatal YPF tiveram alta de aproximadamente 12%.
