A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que ordenou medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve repercussão em veículos de comunicação internacionais nesta sexta-feira (18.jul.2025). O assunto foi noticiado em jornais como The Guardian, Reuters, El País e Clarín, entre outros.

A Polícia Federal executou mandados de busca e apreensão em locais relacionados ao ex-presidente. O Supremo Tribunal Federal ordenou a utilização de monitoramento eletrônico, recolher e a proibição do uso das redes sociais e contato com outros investigados – incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho. A operação ocorreu no âmbito do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O The Guardian afirma que Bolsonaro foi “obrigado a usar tornozeleira eletrônica” e está sujeito a “restrições severas” por temor de fuga antes do julgamento. O jornal britânico destacou que a ordem da Justiça foi emitida em meio ao “cerco judicial contra figuras da extrema direita no Brasil”.

Leia também:

Consumir proteínas de origem vegetal oferece diversos benefícios à saúde

Deputado do PL menciona o 1964 e solicita intervenção das Forças Armadas após incidente com tornozeleira envolvendo Bolsonaro

Yago Dora conquista o segundo lugar em Jeffreys Bay e assegura sua participação no Circuito Mundial de Surfe

O argentino Clarín classificou a ação da PF como parte de uma “investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado” e relembrou que Bolsonaro já havia sido declarado inelegível.

O The New York Times relatou que o Supremo Tribunal Federal determinou o uso de uma tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro e que ele permaneça em casa durante o período noturno, visando evitar uma possível fuga. O jornal também apontou que Eduardo Bolsonaro buscou aliados do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), para pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal conduziu buscas na residência de Bolsonaro e na sede do PL, além de determinar a proibição de contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro. A operação resultou na apreensão de 14 mil dólares em espécie.

O jornal espanhol El País informou que o presidente Lula acusou Donald Trump de “chantagem” ao ameaçar retaliar economicamente o Brasil após a decisão judicial contra Bolsonaro. De acordo com o veículo, o incidente adquiriu dimensão diplomática.

O Financial Times informou que o STF determinou que Bolsonaro tenha “foro de recolher, tornozeleira eletrônica e proibição de redes sociais”, e declarou que o caso intensificou a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

A AP News apontou que as medidas restritivas aplicadas a Bolsonaro compreendem “curfew, banimento de redes sociais e monitoramento por tornozeleira eletrônica”, considerando-as parte do processo judicial relacionado aos atos antidemocráticos.

A Polícia Federal investiga casos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública.

A Polícia Federal (PF) executou mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de medidas cautelares como a prisão, em Brasília. Os mandados foram autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e foram cumpridos na residência do ex-presidente e em locais ligados ao Partido Liberal, partido de Bolsonaro. Bolsonaro é réu em ação penal no STF que investiga o núcleo central na tentativa de golpe de Estado em 2022.

São as determinações judiciais aplicadas ao ex-presidente.

A PGR solicitou a condenação do ex-presidente na segunda-feira (14.jul.2025). Alegou que Bolsonaro “alimentou diretamente a insatisfação e o caos social” após sua derrota eleitoral para o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segue a íntegra (PDF – 5,4 MB).

Se for condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode ultrapassar os 40 anos de prisão.

Em 2023, o ex-presidente foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele permanece inelegível até 2030. Na entrevista, declarou que os processos visam tirá-lo da disputa política devido ao seu desempenho favorável em pesquisas de intenção de voto. Alegou que, em 2022, durante sua candidatura à reeleição, o TSE “pesou a mão” contra ele.

A defesa argumenta que

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou ter recebido com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra o ex-presidente e que ainda não teve acesso à decisão de Moraes.

Aqui está a íntegra da nota:

A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro manifestou surpresa e indignação com a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre obedeceu às determinações do Poder Judiciário.

A defesa se manifestará oportunamente, após analisar a decisão judicial.

Fonte por: Poder 360