México rejeita relatório da Organização dos Estados Americanos sobre eleições judiciais

De acordo com o segundo relatório da missão, apenas 13% dos eleitores compareceram à votação.

07/06/2025 20:47

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México rejeita relatório da Organização dos Estados Americanos sobre eleições judiciais

O Ministério das Relações Exteriores do México (SRE) manifestou sua discordância nesta sábado (7) em relação a certas alegações do relatório preliminar da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre as eleições judiciais realizadas em 1º de junho.

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A SRE declarou que uma Missão de Observação Eleitoral não tem autoridade para determinar como os países, em seu exercício de soberania, devem organizar seus sistemas judiciais, muito menos para formular avaliações de valor que ultrapassem suas responsabilidades.

O relatório preliminar da OEA expressa preocupação com a baixa participação da população nas eleições, que, segundo dados oficiais, atingiu apenas 13% do eleitorado. Adicionalmente, o documento destaca que houve “um alto percentual” de votos nulos ou em branco.

A Missão observou que este processo foi conduzido em um prazo muito curto e em um contexto político complexo, caracterizado por forte polarização e elevado nível de litigiosidade. A eleição do último domingo é resultado da reforma constitucional aprovada em setembro de 2024, que instituiu o voto popular como mecanismo de escolha de juízes, magistrados e ministros em todo o território nacional. Não há precedentes no mundo de que a totalidade dos juízes de um país seja eleita por sufrágio universal.

Após as primeiras eleições judiciais no México, o partido governista Morena deverá obter o controle da Suprema Corte. O resultado confere ao partido no poder uma presença dominante nas três esferas do governo, fato que gerou preocupação em organismos como a OEA.

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A CNN contatou a Missão de Observação Eleitoral da OEA para obter comentários sobre a reação do governo mexicano ao relatório.

Com informações da CNN en Español

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.