México critica ataques dos EUA a embarcações no Pacífico: ‘Existem leis internacionais’

Claudia Sheinbaum opta por não elevar o tom e destaca que continua em diálogo com a Casa Branca.

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(Imagem de reprodução da internet).

Claudia Sheinbaum condena ataques dos EUA no Pacífico

A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, criticou, nesta quinta-feira (23), os ataques realizados pelos Estados Unidos contra embarcações na costa da América do Sul, justificando-se com a luta contra o narcotráfico. “Obviamente, não estamos de acordo. Existem leis internacionais que determinam como se deve agir diante de um suposto transporte ilegal de drogas ou armas em águas internacionais”, declarou a mandatária em coletiva de imprensa.

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No dia anterior, quarta-feira (22), o governo Trump executou um novo bombardeio a uma lancha no Oceano Pacífico. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, anunciou o ataque em uma publicação no X, afirmando que ocorreu em águas internacionais, mas sem revelar a localização exata. A ação foi apresentada como parte da luta contra o narcotráfico na região, resultando na morte de três homens, segundo Hegseth.

Reações ao ataque e escalada do conflito

Na terça-feira (21), os Estados Unidos já haviam realizado o primeiro ataque no Pacífico, também sob a mesma justificativa, que resultou na morte de duas pessoas. Após o novo bombardeio, Hegseth afirmou que as ofensivas contra embarcações sul-americanas continuarão.

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Os ataques foram acompanhados por declarações de Donald Trump, que direcionou críticas ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro. No dia 19 de outubro, Trump anunciou o corte de financiamento à Colômbia e chamou Petro de “líder do narcotráfico” no país. Em resposta, Petro sugeriu que a solução para a crise diplomática seria “tirar Trump”.

Escalada retórica entre Trump e Petro

Trump intensificou suas críticas, chamando Petro de “um homem mau que está produzindo muita droga” e alertou sobre possíveis medidas severas contra ele e seu país. Após o segundo ataque a uma lancha, Petro declarou que o incidente, que deixou mortos, é um “assassinato” e acusou Trump de tentar interferir nas eleições presidenciais colombianas do próximo ano.

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Após a troca de acusações, os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Venezuela, Nicolás Maduro, expressaram apoio a Petro. Questionada sobre o embate entre Trump e Petro, Claudia Sheinbaum adotou uma postura neutra, afirmando que cada presidente tem sua própria maneira de lidar com os Estados Unidos e reiterou a defesa dos princípios de soberania e autodeterminação do povo mexicano.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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