Metanol em bebidas provoca queda de 4,9% nas vendas de bares e restaurantes em setembro

Queda nas Vendas do Setor de Alimentação Fora do Lar

O setor de alimentação fora do lar apresentou uma redução de 4,9% nas vendas em setembro, em comparação a agosto, conforme o Índice Abrasel-Stone divulgado nesta segunda-feira (20.out.2025). Em relação ao mesmo mês de 2024, a queda foi de 3,9%. A contaminação de bebidas por metanol é um dos principais fatores que impactaram a diminuição do consumo.

O estudo, realizado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em parceria com a Stone, analisou transações financeiras de estabelecimentos em 24 estados. Após três meses de estabilidade, o setor voltou a apresentar queda. Além do efeito do metanol, a inflação e o elevado endividamento das famílias também contribuíram para o resultado negativo.

Impacto da Adulteração de Bebidas

A adulteração de bebidas alcoólicas com metanol gerou desconfiança entre os consumidores, afetando especialmente bares e casas noturnas. O Brasil contabiliza 41 casos confirmados de intoxicação, 107 em investigação e 469 descartados. O número de mortes chegou a 8: 6 em São Paulo e 2 em Pernambuco, com outras 10 mortes ainda sob análise.

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Embora São Paulo concentre a maioria dos casos, o estado registrou uma redução de apenas 2,7% nas vendas, posicionando-se entre os menos afetados. Apenas Maranhão (2,6%) e Mato Grosso do Sul (1%) apresentaram aumento nas vendas.

Desempenho Negativo por Estados

De acordo com a Abrasel, a preocupação dos consumidores está mais relacionada à procedência das bebidas do que à experiência nos estabelecimentos. Os estados que apresentaram desempenho negativo nas vendas incluem:

• Roraima (11,5%);
• Pará (9,9%);
• Rio de Janeiro;
• Santa Catarina (7,6%);
• Paraíba e Sergipe (7%);
• Mato Grosso (6,9%);
• Rio Grande do Sul (6,5%);
• Rondônia (5,8%);
• Ceará (4,9%);
• Bahia (4,2%);
• Alagoas e Tocantins (4,1%);
• Pernambuco (3,9%);
• Espírito Santo (3%);
• São Paulo (2,7%);
• Minas Gerais (2,4%);
• Amazonas (1,6%);
• Goiás e Paraná (1,1%);
• Rio Grande do Norte (1%);
• Piauí (0,4%).