Acordo Mercosul-UE em Risco? França e Itália se opõem! 🚨 Janela de oportunidade se fecha com resistência europeia. Vieira alerta: futuro do pacto de 26 anos ameaçado! Saiba mais
O futuro do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) permanece incerto, com o Conselho Europeu reunido em Bruxelas para tomar uma decisão crucial. O ministro das Relações Exteriores, Vieira, afirmou que “já foi negociado tudo o que era possível” em relação ao acordo, mas a hesitação de alguns países membros da UE, especialmente França e Itália, pode comprometer o futuro da aliança.
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O presidente francês, (Renascimento, centro-direita), tem se mostrado resistente ao acordo, em razão das pressões do setor agrícola francês. A primeira-ministra italiana, (Irmãos de Itália, direita), ecoou a posição francesa, expressando dúvidas sobre a viabilidade de fechar o acordo nos próximos dias.
Se a Itália e a França recuarem, o acordo fica inviabilizado, uma vez que os países que não concordam não podem somar 35% da população da UE.
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Vieira destacou que, caso o acordo não seja assinado com a UE, o Mercosul buscará outras oportunidades de parceria. O ministro citou Canadá, Reino Unido, Japão, Malásia, Indonésia e Vietnã como países interessados em firmar acordos com o Mercosul.
Ele reafirmou que essa é a última “janela de oportunidade” para viabilizar o acordo, que vem sendo negociado há 26 anos.
O Parlamento Europeu endureceu as regras para importações agrícolas do Mercosul, aprovando um mecanismo de salvaguarda que permite a suspensão temporária de preferências tarifárias se as importações prejudicarem produtores europeus. A Comissão Europeia será obrigada a abrir investigação sobre medidas de proteção quando a entrada de produtos sensíveis –como carne bovina ou aves– aumentar 5% na média de 3 anos.
O texto também acelerou o prazo de investigações e incluiu um mecanismo de reciprocidade que permite investigação quando houver evidências de que importações não atendem requisitos de meio ambiente, bem-estar animal ou proteção trabalhista da UE.
O entendimento preliminar entre os blocos foi alcançado em dezembro de 2024, após 25 anos de negociações. O pacto busca reduzir tarifas alfandegárias e facilitar o comércio de bens e serviços, além de incluir compromissos em propriedade intelectual, compras públicas e sustentabilidade ambiental.
O acordo envolveria 720 milhões de habitantes nas duas regiões e um PIB total de US$ 22 trilhões. A UE é o segundo maior sócio comercial do Brasil, e é um sócio importantíssimo.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.