PT declara: novo acordo Mercosul-UE improvável devido à resistência europeia. A União Europeia adiou a aprovação do acordo para 19 de dezembro de 2025.
O presidente do PT declarou nesta terça-feira, 17 de dezembro de 2025, que não há perspectivas de uma nova extensão da assinatura do acordo Mercosul-União Europeia. Segundo ele, o avanço do acordo comercial entre os blocos parece improvável devido à resistência de governos europeus, com impasses internos em Paris e Roma.
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A reunião do Mercosul, originalmente agendada para o dia 12, foi adiada pela União Europeia, que solicitou mais tempo para aprovar o acordo, agora previsto para o dia 19. O presidente confirmou ter conhecimento do adiamento, indicando que a aprovação não ocorrerá.
O petista enfatizou que o Mercosul já fez todas as concessões possíveis nas negociações. Ele expressou a convicção de que o Brasil não insistirá caso a decisão seja novamente adiada, alertando para possíveis obstáculos no futuro.
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A avaliação interna sugere que um adiamento para fevereiro ou março poderia abrir caminho para novos obstáculos à confirmação do pacto comercial. O presidente ressaltou que o Mercosul já cedeu ao máximo nas tratativas.
O presidente criticou o contexto internacional, destacando que o acordo teria valor simbólico diante do cenário global, em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), busca fortalecer o unilateralismo.
Paralelamente, o Parlamento Europeu aprovou um mecanismo de salvaguarda que endurece as regras para importações agrícolas do Mercosul. O texto permite que a UE suspenda temporariamente preferências tarifárias se as importações prejudicarem produtores europeus.
A Comissão Europeia será obrigada a abrir investigação sobre medidas de proteção quando a entrada de produtos sensíveis – como carne bovina ou aves – aumentar 5% na média de 3 anos. O limite anterior era de 10%. O prazo de investigações também foi reduzido, de 6 para 3 meses em geral, e de 4 para 2 meses para produtos sensíveis.
O entendimento preliminar entre os blocos foi alcançado em dezembro de 2024, após 25 anos de negociações. O acordo criaria um mercado comum com mais de 700 milhões de pessoas e um PIB combinado de US$ 22 trilhões. A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul em bens.
Em 2024, respondeu por 57 bilhões de euros em exportações. Em serviços, representa 1/4 das trocas, com 29 bilhões de euros exportados à região em 2023.
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Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.